Dizemos “coachs do empreendedorismo” que é durante a crise que surgem as oportunidades, certo? Pois bem, aparentemente, na Tailândia, uma mulher levou bem a sério essa premissa ao criar um novo negócio justamente por causa da pandemia de Covid-19. Afinal, o que fazer com as roupas de pessoas mortas pela doença, se não vender? E mais, por que não fazer lives vestida de zumbi para mostrar as peças do brechó?
Kanittha Thongnak tem 40 anos, resolveu investir e abrir um brechó para tentar levantar alguma grana durante a pandemia. Mas ela tinha que enfrentar dois problemas. Primeiro o tabu na Tailândia que é o comércio de roupas de pessoas mortas- independente da causa. Segundo, o fato de que devido a pandemia, todas as lojas de rua foram fechadas. Então, para Thongnak – e vários outros empreendedores – o jeito foi abrir uma loja online.
A mulher fez lives e tentou várias coisas para atrair o público para seu brechó, mas sem muito sucesso. As visualizações eram poucas e quase nenhuma se convertia em vendas. Um dia, no seu aniversário, ela não tinha água encanada e não poderia fazer uma festa. Ela então passou uma base bem clara no rosto, como se fosse um fantasma. E, curiosamente, a live daquele dia teve uma audiência significativamente maior.
Ao perceber isso, Thongnak investiu na produção e passou a anunciar seus produtos online completamente fantasiada de zumbi. Em uma semana, ela viu sua audiência subir de alguns gatos pingados para mais de quatro mil espectadores. E, junto com a audiência, as vendas dela também dispararam!
Mas, apesar de todo o tabu em torno das roupas serem de pessoas que já morreram, a empreendedora parece ter pensado em tudo. Isso porque quando não está fazendo suas lives nas noites, ela está de dia em algum templo, com sacerdotes benzendo as peças. Com isso, parte do dinheiro que ela consegue com a venda das roupas é doado para a caridade.
É, como já diria Maggie Greene da série The Walking Dead: “Você faz o que tem que fazer”!
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