10 dicas para promover a saúde emocional das crianças

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Durante muito tempo, as emoções eram vistas como um impasse, pois diziam que atrapalhava mais do que ajudava. Que para se tomar uma boa decisão, você deveria ser racional, manter a mente fria e não se deixar levar pelos sentimentos. Bom, se é verdade que as emoções muitas vezes coloca você em encrencas, também é verdade que são essas mesmas emoções que te salvam de muitas enrascadas.

Hoje se sabe que as emoções são tão fundamentais para o sucesso pessoal e profissional, quanto em decisões. Porém se não é correto eliminar as emoções, tampouco o é deixar que elas dominem. O segredo reside em entender e aceitar as emoções, sem, no entanto, deixar-se cegar por elas.

Todos conhecem adultos que derrapam quando se trata de controle emocional, então que tal educar emocionalmente as crianças para que elas enfrentem os desafios e superem com mais facilidade os percalços da adolescência e da vida adulta? O Pátio Hype te dá algumas dicas, dá uma olhadinha!

1.Fale sobre as emoções

Sobre os diversos tipos de emoções. Jogos, filmes, revistas e as próprias situações vividas no cotidiano apresentam várias oportunidades que pode-se, e deve-se, aproveitar para conversar com as crianças sobre esse assunto, chamando a atenção para a expressão facial e o tipo de comportamento que acompanha cada uma delas.

2.Seja o exemplo

Os pais sempre desejam que seus filhos sejam comportados e obedientes. Falam: “Não entendo quando você grita. ” ou “Fale educadamente”, embora nem sempre ajam conforme as próprias instruções. Mas mantenha-se atento, se os pais gritam, as crianças aprendem a gritar. Se xingam, elas aprendem a xingar. Porém se por outro lado falam com respeito e não mentem, elas seguirão seus passos. Claro que crianças podem muitas vezes tirar qualquer um do sério, mas lembre-se de “colocar sua máscara de oxigênio antes” e resolver a situação, ou seja, acalme-se para que a criança possa se espelhar de forma positiva em quem a educa.

3.Seja franco

É muito mais fácil para a criança falar sobre os sentimentos dela, quando os pais conseguem falar sobre seus próprios sentimentos, reconhecem as emoções dos outros, inclusive as da criança, e conversam sobre o que as outras pessoas devem estar sentindo em alguma situação. Então seja aberto e curioso sobre as emoções que surgem dentro de você e ao seu redor.

4.Controle-se

Deixe para conversar sobre emoções e sentimentos quando tudo estiver calmo. Embora seja tentador, não adianta querer discutir essas questões quando um problema surge e a criança já está chorando, gritando ou esperneando. O ideal é abordar o assunto de forma constante, aproveitando as diversas situações que se apresentam como: um desentendimento retratado em um desenho animado ou uma situação reproduzida em um filme. Quando o estresse já se instalou, a criança já perdeu o controle ou está prestes a perde-lo, o ideal é oferecer aceitação, acolhimento e proteção. Isso não significa aceitar o mal comportamento, mas sim aceitar que é normal a emoção exagerada.

5.Deixe-a se expressar

Deixe claro que ninguém é mau por ter emoções ruins de forma que até essas, devem ser aceitas. Muitos estudiosos concordam que existem seis emoções básicas: alegria, tristeza, medo, surpresa, raiva e nojo. Por razões evolutivas, existem mais emoções desagradáveis do que agradáveis, ou seja, mesmo aquelas consideradas “inconvenientes” são necessárias e não devem ser reprimidas. Emoções que são empurradas para baixo do tapete podem retornar a qualquer momento de forma abrupta e sem aviso prévio. Além disso, muitas vezes minimiza-se o que a criança sente na vã tentativa de fazê-la se sentir bem, mas isso só a faz sentir-se errada. Então, aposente esse hábito e da próxima vez que seu filho ou filha ralar o joelho e vir chorando até você, não diga que não foi nada.

6.Ofereça apoio

As emoções são transitórias e podem ser sentidas mais de uma ao mesmo tempo. Sentimentos disparam reações no seu corpo sobre as quais não se tem controle algum. Elas surgem após percepções dos sentidos e, antes mesmo que possa ser pensada a respeito, o sistema nervoso autônomo pode produzir uma secura na boca, no caso do medo, ou um aperto no estômago, no caso de susto, por exemplo. Algumas reações automáticas do corpo podem assustar uma criança e resultando em dificuldades para lidar com essa questão. Explique que as emoções passam como as nuvens e ofereçam apoio para que aumente o vínculo e a confiança entre vocês.

7.Recupere as energias

O cansaço pode dificultar o manejo das emoções. Isso ocorre porque todas as células do corpo precisam de energia para funcionar e com as células cerebrais não são diferentes. Então, não espere um controle emocional primoroso quando as crianças estão cansadas. Vale mais oferecer um momento e um local para que as energias sejam recuperadas.

8.Use seus métodos

Crie estratégias para enfrentar e superar os momentos difíceis. Pais e filhos podem verificar juntos algumas questões: Quais situações costumam incomodar as crianças? Quando ela inicia uma birra? O que costuma acontecer no momento que antecede uma bronca? Identifique os pontos de tensão, dessa forma irão ajuda a definir o que se pode fazer para prevenir um problema ou mesmo resolvê-lo. As estratégias são extremamente pessoais como, ouvir música, apertar um bichinho de pelúcia, respirar, colorir, escrever, tomar um copo de água ou mesmo receber um abraço apertado e demorado.

9.Tenha um momento de reflexão

Leve a criança a pensar nas consequências de seus atos. É verdade que não é possível controlar os sentimento, mas pode-se sim controlar as atitudes. Então relacione a reação dela com o que aconteceu depois e mencione as reações de outras pessoas. Será que passou dos limites? Poderia ter agido de forma melhor? Como outras pessoas se sentiram? Ela mudaria alguma coisa se vivesse a mesma situação novamente? Brinque de teatrinho, ensaiando as diversas possibilidades de enfrentamento e resolução do problema. Essa prática permite com que a criança viva a frustração de forma segura, pratique a tolerância e fixe em seu repertório de respostas a capacidade de se adaptar às mais diversas situações. Fazer um desenho também pode ajudar muito neste processo e as crianças amam.

10.Elogie-o quando acertar

Flagre seu filho fazendo a coisa certa e elogie-o por isso. Uma criança quer se sentir querida, valorizada e apoiada por seus pais, então nada melhor do que eu elogio – sincero, claro! – para aumentar a probabilidade do bom comportamento se repetir. Não espere mudanças repentinas e mantenha os olhos abertos para observar as pequenas conquistas diárias, pois elas formarão o alicerce de um adulto bem-sucedido emocionalmente. E não desista frente a primeira (ou segunda, ou terceira…) dificuldade. Um novo hábito demora para ser instalado. Ensinar formas de lidar com estresse e frustrações é com toda a certeza melhor do que disciplinar e impor sanções.

As dificuldades são muitas quando se trata de criação dos filhotes, não é mesmo? Mas lembre-se das dicas do Pátio e compartilhe com a equipe Hype os resultados obtidos, adoraríamos saber!

Fotos: Reprodução

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