10 experimentos bizarros e terríveis já feitos em nome da ciência

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experimentos bizarros

A gente sabe que, para o avanço da ciência e do conhecimento é preciso, além de muito estudo e pesquisa, também a realização de testes e experimentos. A maioria destes testes geralmente envolvem placas de vidro, gelatina, fungos e bactérias. Alguns mais complexos podem envolver ratos, macacos e outros animais. E aqui já começa a controvérsia: até onde vale a ética na hora de se fazer ciência? Mas e se a gente contar que existiram experimentos que foram ainda mais além e utilizaram humanos como cobaias? Prepare-se para conferir – e se revoltar! – com alguns dos experimentos bizarros e reais que já foram feitos no mundo!

1 – O aprisionamento de Stanford

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Aqui temos um dos mais conhecidos experimentos psicológicos do mundo. A ideia era ver se o meio influenciaria no comportamento das pessoas e se pessoas “boas” poderiam ter más atitudes a depender de onde estivessem.  Um professor universitário chamado Philip Zimbardo separou um grupo de 26 estudantes universitários. Parte deles seriam prisioneiros e o resto, guardas. Os prisioneiros foram levados para uma prisão fictícia no porão do departamento de psicologia da Universidade de Stanford.

Mas o que se viu a seguir foi um show de horrores. Os estudantes designados como policiais passaram a tratar de forma cruel aqueles no papel de prisioneiros. Os torturaram psicologicamente – pois era proibido qualquer tipo de violência física – e se mostravam cada vez mais sádicos na forma de lidar com os estudantes. O experimento deveria durar cerca de um mês, mas foi interrompido após seis dias. Essa história foi tão chocante que inspirou livros e filmes.

2 – Mosquitos infectados

Um dos maiores medos da civilização moderna são as armas biológicas. E existem precedentes para esse medo, como um dos experimentos bizarros feitos com mosquitos infectados nos Estados Unidos. Entre 1956 e 1957 o exército dos EUA liberou milhares de mosquitos infectados com doenças como dengue e febre amarela em algumas cidades do país. A ideia era descobrir que isso seria o suficiente para infectar a população. O resultado foi que várias pessoas de fato adoeceram. Inclusive, bebês acabaram falecendo ao nascer.

3 – Bebê modificado geneticamente

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Casos de bebês clonados como o da novela ainda não são realidade, mas bebês alterados geneticamente sim. Porém, tudo não passou de um experimento feito às escondidas por um cientista chinês chamado He Jiankui. Em 2018 ele confessou que modificou geneticamente dois bebês gêmeos na tentativa de torná-los resistentes ao HIV. Mas essa medida foi considerada extremamente antiética. Isso porque a comunidade científica não aceita edições genéticas em embriões humanos. Para piorar, a edição feita por Jiankui não deu certo, uma vez que ainda é possível as crianças se contaminarem com HIV. E ela trouxe graves consequências para os bebês, que correm sério risco de morrerem ainda jovens.

4 – Os gêmeos separados ao nascer

Outro caso que também foi parar na mídia é o retratado no documentário Três Estranhos Idênticos, da Netflix. Aqui, trigêmeos foram separados ao nascer e dados a diferentes famílias para adoção. A ideia era entender até que ponto o meio influenciava no comportamento das pessoas e até onde o DNA era quem definia a personalidade. Mas o que nenhum pesquisador esperava é que, por acaso, os três acabassem se reencontrando quase 20 anos depois. Os jovens então descobriram que haviam sido sequestrados para fazerem parte desses experimentos bizarros e que eram monitorados à distância. Descobriram, ainda, que existem outros gêmeos envolvidos no mesmo estudo, muitos sem saber disso.

5 – Prisioneiros de cobaia

Durante a pandemia, teve gente famosa defendendo o uso de prisioneiros para testar as vacinas da covid. Pois saibam que esse absurdo foi um dos experimentos bizarros feitos nos EUA. Chester Southam era um oncologista que queria estudar como o sistema imunológico reagia às células cancerígenas. Então, para isso ele resolveu injetar células cancerosas em presidiários – sem que eles soubessem! Inicialmente apenas prisioneiros já doentes foram selecionados para o estudo mas, com o passar do tempo, o oncologista também passou a realizar testes em pessoas saudáveis. O resultado foi que os prisioneiros passaram a desenvolver nódulos cancerígenos, chegando a atingir metástase em alguns casos. O experimento só foi parado quando outros cientistas, ao serem convidados para participar da pesquisa, se recusaram e fizeram uma denúncia. 

6 – A experiência de Milgram

Antes do caso de Stanford, que falamos no começo, outro professor universitário resolveu testar a “bondade” de seus alunos. Yale Stanley Milgram recrutou 40 voluntários e os dividiu em grupos aleatórios: o de estudantes e o de professores. Então, os professores foram colocados em uma sala onde não podiam ver, apenas ouvir os estudantes. Daí, Milgram pediu que eles testassem os estudantes e, a cada erro, eles os punissem com choques elétricos que podia ir de 50 a 450 volts. E detalhe: a potência máxima vinha acompanhada de uma inscrição que dizia “Perigo: choque severo”.

Pois bem, ao final da experiência, cerca de ⅔ dos “professores” escolheu utilizar altas potências de choques em seus alunos, alguns chegando à voltagem máxima. E todos chegaram à marca dos 300 volts, apesar dos gritos vindos da sala onde estavam os estudantes. A ideia era provar que pessoas boas acabam tomando atitudes ruins apenas por estarem seguindo ordens. Pelo menos na verdade, ninguém estava levando choques, os gritos eram apenas gravações. Mas em todo caso a experiência foi bem polêmica e, inclusive, inspirou o caso de Stanford. 

7- Testes na pele

A tretinoína ainda hoje gera muita controvérsia em seu uso, mas a pesquisa para sua aplicação foi ainda mais polêmica. Isso porque ela também precisou realizar experimentos bizarros em presos nos EUA. Albert Kligman era dermatologista na Universidade da Pensilvânia e ofereceu 75 dólares aos presidiários que quisessem participar do experimento. Mas ele não informou sobre os possíveis efeitos colaterais do estudo. Resultado: muitos dos participantes ficaram com dolorosas cicatrizes ao longo do processo. 

8 – Projeto MKUltra

Por cerca de 20 anos cientistas patrocinados pela CIA desenvolveram experimentos de manipulação mental em cidadãos dos EUA e do Canadá. Eles eram drogados com substâncias como LSD e, depois, passavam por longas sessões de abusos verbais, privação sensorial e mesmo agressões físicas. A ideia era testar e desenvolver novos produtos químicos e medicamentos. Após uma longa investigação pelo Congresso Nacional dos EUA, o programa foi encerrado na década de 1970. 

9 – A tortura para curar a homossexualidade

No final dos anos 1960, em pleno Apartheid na África, um verdadeiro centro de tortura foi formado na busca de curar a homossexualidade, tida ainda como doença na época. O The Aversion Project aconteceu na África do Sul, sob liderança de Aubrey Levin. Os soldados eram obrigados a ver fotos de homens nus e fantasiarem com eles. Então, neste momento, recebiam fortes choques elétricos. A prática foi condenada como violação dos Direitos Humanos e o local fechou pouco depois. 

10 – Radiação em grávidas

Com o fim da 2ª Guerra Mundial, o mundo – e principalmente os cientistas estavam curiosos com os efeitos da radiação. querendo ver como materiais radioativos se comportavam em grávidas, um grupo de pesquisadores deu a quase 900 gestantes ferro radioativo sem que elas soubessem. Enquanto elas acreditavam estar tomando vitaminas, elas estavam se contaminando com radioatividade. O tempo passou e quase 10 bebês morreram em consequência de doenças cancerígenas, como leucemia.

Mas gente, isso não são experimentos bizarros e sim verdadeiros abusos, não acham?

Fotos: Reprodução

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