Ataques com armas químicas na Síria podem ter matado até 1.300 pessoas nesta quarta-feira (21). A acusação foi feita pela oposição ao regime do presidente Bashar al-Assad. Os números ainda são incertos. Fala-se em 600 pessoas e também em 100, segundo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos. Seria o pior ataque com armas químicas do mundo nas últimas décadas, se confirmado.
Imagens de inúmeros corpos, inclusive de muitas crianças, estão circulando em vários sites e redes sociais. Muitos países pediram aos investigadores de armas químicas da ONU, que chegaram a Damasco há apenas três dias, que se encaminhem urgentemente para o local de um dos mais mortais incidentes nos dois anos de guerra civil.
O governo sírio nega ter usado qualquer arma química.
“É prematura uma avaliação sobre a situação em si, pois uma das dificuldades no que se refere à Síria é em relação às informações fidedignas. Por isso, é necessário aguardar mais um pouco para fazer uma análise adequada. Não é positivo um julgamento precipitado”, disse o emissário à Agência Brasil.
As mortes teriam acontecido em consequência de uma chuva de gás venenoso sobre subúrbios a leste de Damasco, segundo informou George Sabra, um dos principais opositores de Assad.
“Não é a primeira vez que o regime usou armas químicas. Mas (os crimes de hoje) constituem um ponto de virada nas operações do regime”, disse ele, em uma entrevista coletiva em Istambul. “Desta vez foi mais para aniquilar do que aterrorizar.”
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