Em alusão ao Dia Nacional da Visibilidade Trans, comemorado em 29 de janeiro, e ao Dia Estadual de Luta contra a LGBTFobia, celebrado em 15 de fevereiro, o documentário “Close”, da jornalista e cineasta Rosane Gurgel será exibido no dia 17 de fevereiro, no Cineteatro São Luiz, às 19 horas. A entrada se dará mediante a entrega de 2 kg de alimento não perecível ou produtos de higiene pessoal, que serão doados para o abrigo Thadeu Nascimento, Associação de Travestis do Ceará (ATRAC), a Rede Nacional de Pessoas Vivendo com AIDS (RNP) e a Unidade Penitenciária Irmã Imelda Lima Pontes.
A sessão faz parte do encerramento da ação dos “15 Dias de Ativismo Contra a Transfobia”, realizada pelo Governo do Ceará, por meio da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para LGBT, com apoio da Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus), Secretaria da Educação do Ceará (Seduc), Secretaria da Cultura (Secult) e pela produtora Comunik Filmes.
“A perspectiva é de visibilizar a população trans e chamar a sociedade para entender que se faz necessário respeito. Que esse público existe e que o Estado reconhece o dever e o compromisso de fazer com que a cidadania das pessoas trans seja respeitada no nosso Estado”, comenta Narciso Júnior, titular da Coordenadoria especial de Políticas Públicas para LGBT do Ceará. As atividades começaram no dia 28 de janeiro, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, com o desfile de moda “Transformando”, promovido pela Casa Andaluzia.
O documentário “Close” retrata conquistas e desafios dos internos GBT (gays, bissexuais, travestis e transexuais) no sistema prisional cearense. O curta-metragem de 20 minutos possui como tema central a conquista das transexuais dentro dos presídios, não deixando de abordar a personalidade das quatro mulheres em foco. O filme foi lançado no dia 30 de janeiro de 2017, no Cinema do Dragão do Mar – Fundação Joaquim Nabuco, em Fortaleza, tendo alcançado mais de 300 espectadores. “Precisamos abordar mais discursos sobre os direitos LGBT para pessoas que estão em liberdade, mas também para as que estão reclusas no sistema penal, principalmente por serem as mais vulneráveis da população carcerária. A unidade prisional Irmã Imelda é uma conquista histórica para os movimentos LGBT’s. É um espaço para garantir a cidadania dessas pessoas e impedir que elas sejam violadas.”, afirma a diretora do filme, Rosane Gurgel.
Em 2017, o “Close” participou de 23 festivais e recebeu 5 premiações: melhor curta da Mostra Diversidade, do 10º Curta Taquary – Festival Internacional de Curta-Metragem, em Pernambuco, melhor filme do Programa Cine Doc, da 1ª Mostra Curta Retiro, no Rio de Janeiro, melhor montagem e edição de documentário, no 8º Civifilmes – Festival de Cinema Independente, em São Paulo, melhor filme eleito pelo público, no Festival Curta (C)errado: gênero e sexualidades, em Minas Gerais e menção honrosa na 3ª edital FFF – Festival de Filmes de Faina, em Goiás.
Após a sessão, haverá debate com as protagonistas e diretora do filme, com a professora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) e primeira travesti doutora do país, Luma Nogueira, Sílvia Cavalleire, Assessora da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para As Mulheres do Gabinete do Governador e Vice-Presidenta Nacional da União Nacional LGBT, e Silvyo Lucio, protagonista do filme “Olhe para mim de novo”, documentário dos cineastas paulistas Cláudia Priscilla e Kiko Goifman.
Fotos: Reprodução