Ao começar uma dieta, muitas pessoas passam a trocar os produtos do supermercado por aqueles que têm escrito “light” na embalagem, e geralmente cortam tudo o que tenha gordura na composição. Entretanto, o que pouquíssimas pessoas sabem é que cortar a gordura no cardápio da dieta é um erro catastrófico.
Não, o No Pátio não enlouqueceu e de acordo com Rodrigo Polesso, especialista em emagrecimento, “existem muitos estudos que comprovam que para emagrecer, deve-se cortar o consumo de carboidratos refinados e processados e manter o de gorduras, desde que sejam de alimentos verdadeiros, ou seja, aqueles mais naturais possíveis.”
Para provar que cortar a gordura do cardápio não garante o emagrecimento, o especialista listou três razões cientificamente comprovadas para manter a gordura na dieta. Confira!
1-É o melhor macronutriente
Polesso explica que a gordura tem o menor impacto na glicemia e na produção da insulina. Segundo o especialista, é a produção desregulada de insulina que cria no corpo a condição de acumular tecido adiposo. “O consumo de gordura também induz à saciedade e à sensação de estômago cheio”, afirma, destacando a importância de se consumir a gordura de alimentos verdadeiros. “Imagine que você vive em uma fazenda dos tempos antigos, e pense nisso toda vez em que olhar para um alimento: se ele é possível nessa realidade, é porque é mais saudável”.
2-Não causa problemas cardíacos
Segundo o especialista, a crença de que é preciso cortar a gordura no cardápio da dieta porque o seu consumo leva a problemas cardíacos existe por pesquisas desatualizadas de 30 anos atrás. “Em 2014, o erro de condenar a gordura foi corrigido, quando foi feita uma revisão de 76 estudos com mais de 600 mil participantes de 18 países, que chegou à conclusão de que nem as gorduras poli-insaturadas e nem as saturadas possuem qualquer relação com doenças cardiovasculares”, ensina.
3-Ajuda a reprogramar o corpo
Conforme aplica em seu programa online de emagrecimento, o Código Emagrecer de Vez, Polesso destaca que o consumo de alimentos ricos em gordura saudável, como carnes, óleos, sementes e oleaginosas, e até frutas ricas em gordura, como o abacate, podem ajudar o corpo a se reprogramar para não acumular gordura.
“Quando se corrige a ingestão de carboidratos, ele começa a desbloquear a queimar gordura ao invés de queimar somente açúcar (glicose), passando a liberar as travas hormonais que dificultam o emagrecimento, e que ocorrem justamente devido ao alto consumo de carboidratos de má qualidade”.
O especialista explica ainda que, após um período de mudança do corpo, é até possível voltar a consumir estes alimentos esporadicamente. “Não é necessário se privar completamente de nenhum alimento, mas conhecer o impacto hormonal de cada um nos permite equilibrar a alimentação da melhor forma para atingirmos o objetivo que queremos”, destacando que especialmente os carboidratos naturais, fibrosos e não refinados podem ser consumidos liberadamente.
Agora você já sabe que cortar a gordura no cardápio da dieta, acreditando acreditando que esses alimentos são os principais responsáveis pelas dobrinhas a mais, é um erro. No entanto, isso não significa que você deva comer sem peso na consciência aquela batata frita ou bolo de chocolate, todos os dias.
O ideal é fazer uma dieta equilibrada, que não elimine integralmente nenhum alimento, e sim controlar a quantidade.
Fotos: Reprodução.