5 casos bizarros da história da Medicina

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Se você acha que tudo o que pode acontecer de mais bizarro na vida de um médico é aquilo que acontece em Grey’s Anatomy, saiba que a coisa pode ir muito mais além… Dentes que explodem, curas milagrosas com pernas de pombas e outros casos bizarros fazem parte da história da Medicina. E a gente separou cinco super esquisitos que mostram que, nem sempre, ser médico era simples e tecnológico…

Faca na barriga

Não estamos falando de ninguém que levou uma facada no estômago e sim de um marinheiro norte-americano chamado John Cummings. Ao ver um mágico engolidor de espadas em um porto, ele resolveu fazer o mesmo. Porém, com uma diferença: ele acabava engolindo as facas mesmo. Na primeira tentativa – quando ele tinha 23 anos – ele engoliu quatro facas. Anos depois, para se exibir em uma festa, ele engoliu mais outras quatro. E sempre que ele queria ser o centro das atenções, lá ia ele engolir facas.

Com o tempo, ele começou a sofrer de terríveis dores abdominais, o que o impedia de comer. Foi morrendo de fome e, após anos doente, acabou falecendo. Durante sua autópsia, os legistas encontraram restos corroídos de cerca de 30 facas. Uma delas, por sinal, perfurava seu intestino.

O coronel que operou a si mesmo…

No século 18, havia na Companhia Britânica das Índias Orientais um coronel chamado Martin. Ele fez vários feitos em sua carreira militar, mas ficou conhecido mesmo foi na história da Medicina. Ao ter os primeiros sintomas de pedras na bexiga, ele começou a sofrer com as dores decorrentes da doença. Porém, não quis voltar à Inglaterra pois acreditava que uma cirurgia seria muito dolorida e perigosa.

Para resolver seu problema, ele então criou um instrumento que consistia em uma longa agulha de tear e ossos de baleia. Ele mesmo introduzia esse equipamento em sua uretra e raspava as pedras de sua bexiga. Ele se submeteu a esse procedimento várias vezes ao dia, todos os dias, por cerca de seis meses. E acabou ficando bom!
Anos depois, na França, médicos desenvolveram um equipamento similar ao usado por Martin e essa técnica, chamada de litotripsia, é usada ainda hoje para o tratamento de pedras na bexiga – porém de forma bem mais tecnológica, claro.

Será que a ideia de Martin foi realmente menos dolorosa que a cirurgia???

Dentes explosivos

Registros médicos nos EUA contam que um reverendo na Pensilvânia começou a sofrer de uma dor de dentes terrível. Isso foi há cerca de 200 anos. Ele tentou diversas coisas para diminuir a dor, porém, sem sucesso. No dia seguinte, andando de um lado para o outro e sofrendo com a dor, ele sentiu algo como “um estrondo agudo, como um disparo de pistola, rompeu seu dente em pedaços, aliviando na hora a dor”, dizem os registros.

O seu dente explodiu sozinho e, na verdade, foi o primeiro registrado de uma série de acontecimentos similares. Há a história de uma jovem que estava com uma dor de dentes insuportável que melhorou instantaneamente após seu dente explodir de forma tão abrupta que ela chegou a cair e ficar sem ouvir por alguns dias.

Mas o mais esquisito é que, ainda hoje, não se sabe ao certo o que levou ao surto de dentes explosivos. Várias são as teses levantadas, mas na história da Medicina, não se comprovou o motivo das explosões e elas nunca mais voltaram a acontecer…

O curioso caso da cura da perna da pomba

Quando não se tinha acesso a nem metade da informação e tecnologia que temos hoje, a medicina era mesmo muito curiosa e, por vezes, risível. E essa história mostra bem isso. No século 19, um médico alemão chamado Karl Friedrich Canstatt se dizia especialista em tratar crianças. E sua indicação para convulsões infantis era “Se segurar a perna de um pombo contra o ânus da criança durante o ataque, o animal logo morre e o ataque para com a mesma rapidez”.

Ninguém – nem mesmo dentro da comunidade médica – acreditava muito nessa prescrição dele. Porém, em agosto de 1850, o diretor do Hospital Infantil de São Petersburgo, JF Weisse, foi convocado para tratar de um menino que estava gravemente doente. Ele não respondia a nenhuma medicação e suas convulsões não paravam. Ele então pediu aos pais do garoto que providenciassem, com urgência, uma pomba.

Em seus registros médicos, o dr. Weisse escreveu sobre essa noite. “Depois que se aplicou a ave ao ânus do menino, a pomba teve dificuldade de respirar, fechou os olhos algumas vezes, seus pés se contraíram em espasmos e finalmente a ave vomitou”. O menino se recuperou milagrosamente. Porém, infelizmente, a pomba parou de comer e, em seguida, veio a falecer.

Mesmo diante desse caso a comunidade médica ainda ficou incrédula em relação ao método. Porém, o dr. Weisse escreveu que era preciso pesquisar os efeitos terapêuticos de outras aves além das pombas.

Hálito de fogo

Praticamente todo mundo já sofreu com mau hálito na vida. É chato,incomoda,mas tem cura e raramente é perigoso. Pois bem, em 1886, um homem em Glasgow estava sofrendo de mau hálito há um tempo. Uma noite, ele acordou e acendeu um fósforo para ver as horas. Ao soprar para apagá-lo, acabou aumentando as chamas e quase provocou uma explosão. A princípio, nenhum médico tinha ideia do que poderia causar aquilo.

Tempos depois, na Escócia, um médico atendeu um paciente que se queixava de algo parecido. Inclusive, ele tinha deixado de fumar com medo de explodir a casa inteira. Esse médico então fez uma série de exames e descobriu que o homem tinha uma obstrução no intestino. Com isso, a comida acabava fermentando e o gás metano – altamente inflamável – acabava voltando pelo trato digestivo e sendo eliminado por via oral.

Isso sim que é um hálito de dragão!

E então, já pensou como seria se tratar com um médico há 200 anos???

Fotos: Reprodução

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