Hoje (12), Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, dados da secretária executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPeti), dizem que 1,4 milhão de crianças com idade entre 5 e 14 anos estão submetidas a alguma forma de trabalho no Brasil. Está é a idade em que a legislação brasileira proíbe qualquer forma de trabalho.
No Ceará, segundo dados do Ministério Público do Trabalho do Estado (MPT-CE), tendo como base o censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de um total de 847.465 crianças cearenses, 58.825 entre 10 e 14 anos trabalham. O número deixa o Ceará como o 15° estado brasileiro em trabalho infantil.
Já no caso de Fortaleza, o número de crianças trabalhando é maior ainda, 8.519, deixando a capital em 11° lugar no ranking de trabalho infantil no país. Um percentual de 4,09%. “O trabalho infantil reproduz a situação de pobreza e baixa escolaridade na qual os pais dessas crianças estão inseridos”, destaca a secretária executiva do FNPeti.
Mais grave que a situação de Fortaleza, que é maior que a média nacional entre as capitais, 3,6%, está o município de Deputado Irapuan Pinheiro, (318 km de Fortaleza), 23,3% das crianças entre 10 e 14 anos trabalham. Os municípios de Cruz (20,12%), Caririaçu (19,57%), Quiterianópolis (19,05%) e Salitre (18,54%), junto com Deputado Irapuan Pinheiro formam o grupo dos cinco municípios com maior índice de trabalho infantil no estado.
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