O corpo azul e os cabelos vermelhos são inconfundíveis, mas a risada é um clássico. Sim, um dos desenhos mais “politicamente incorretos” da animação mundial completou 75 anos nesta quarta-feira, e claro, a data não poderia passar em branco! Afinal, trata-se de um dos desenhos que ficou mais tempo em exibição na TV brasileira e que, vamos combinar, faz um sucesso danado até hoje.
E não dá a sensação de que quanto mais antigo, mais engraçado o episódio? Então, nestes 75 anos de “Pica Pau”, vamos relembrar alguns desses momentos hilários e um tanto quanto anti-éticos do nosso amiguinho!
Antes de tudo, vamos lembrar a um poucos da história por trás dos 75 anos de “Pica Pau”. O desenho foi criado pelo cartunista Walter Lantz, em 1940. Sua primeira aparição foi em uma história de Andy Panda, mas logo ele ganhou um curta-metragem próprio, em 1941. A animação chegou ao Brasil junto com a chegada da televisão, literalmente no dia seguinte à primeira transmissão televisiva de nosso País, em 1950. Coo não havia dublagem, os episódios eram transmitidos com o áudio original. Somente na década de 60 a rede Record passou a transmitir os episódios dublados e, nos anos 190, o SBT comprou os direitos da animação e passou a exibi-la diariamente em sua programação.
Pronto, resumidamente, a história é essa. Mas vamos combinar que o melhor dos 75 anos de “Pica Pau” são os episódios, certo? Principalmente os mais antigos, conhecidos como “Pica Pau Doidão”. Um dos mais conhecido é aquele em que o Pica Pau encarna um barbeiro, no episódio “Barbeiro de Sevilha”, de 1944. O curta rendeu um Oscar de melhor Curta-Metragem para a animação e fez muita gente conhecer música clássica. Quem hoje não canta “Fígaro! Fígaro! Fígaro!” sem lembrar do Pica Pau?
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Já um dos momentos mais “politicamente incorretos” destes 75 anos de “Pica Pau” sem dúvida é o dos “Rachadores”, no qual nosso queridinho personagem é um motorista que adora andar em alta velocidade, apostando rachas e acaba topando com um policial de trânsito no caminho. Já viu a confusão, não é mesmo?
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Outra característica marcante é a capacidade que o Pica Pau tem de fazer qualquer coisa para conseguir comida. Até mesmo se vestir de mulher e fingir gostar do Leôncio, o leão marinho. Ou quem sabe invadir uma mansão e enganar o Leôncio? Também está valendo! Tudo por uma boca livre!
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E claro, como esquecer dos bordões de alguns episódios? Quem nunca falou “Em todos estes anos, nessa indústria vital, essa é a primeira vez que isso me acontece” ou não teve infância ou não viu o “Pica Pau”, o que dá praticamente no mesmo. Ou então o “e lá vamos nós”, do episódio da vassoura da bruxa? Isso sem contar com o “Dorme filhinho do coração, não tenha medo do bicho papão”, clássica música de ninar de vários episódios? Difícil indicar apenas uma ou outra coisa quando se fala em 75 anos de “Pica Pau”.
Nos últimos anos, novos episódios foram criados, mas agora sem qualquer referência a brigas, armas, cigarros, bebidas ou mesmo tirar vantagem de alguém. Acreditem ou não, crescemos vendo tudo isso nos episódios no querido cabeça vermelha.
E você? Gostava desse desenho?
Fotos e vídeos: Reprodução