No dia 6 de dezembro de 1989, Marc Lepine, de 25 anos, entrou armado em uma sala de aula da Escola Politécnica, na cidade de Montreal, no Canadá, e ordenou que os homens (aproximadamente 50) se retirassem. Em seguida, ele matou 14 mulheres e suicidou-se. Em carta, Lepine afirmava não suportar ver mulheres estudando Engenharia, um curso tradicionalmente dirigido ao público masculino.
O crime, que ficou conhecido em todo o mundo como o “Massacre de Montreal”, mobilizou a opinião pública de todo aquele país, gerando um grande debate sobre as desigualdades entre homens e mulheres, e a violência gerada por extremos de preconceito como o que se viu nesse massacre.
Foi aí que um grupo de homens do Canadá decidiu se organizar para dizer que repudiam ações violentas contra as mulheres. Eles elegeram o laço branco como símbolo do movimento e adotaram por seu lema: jamais cometer um ato violento contra as mulheres e não fechar os olhos diante da violência. O dia 06 de dezembro foi escolhido para que a morte das mulheres assassinadas por Marc Lepine não fosse esquecida.
Hoje em dia, a campanha do Laço Branco está presente em mais de 50 países, em todos os continentes, e é apontada pela ONU como uma das maiores iniciativas mundiais direcionadas para a temática do envolvimento de homens com a violência contra a mulher.
Em Fortaleza, a campanha foi lançada na última quinta-feira (26), no cruzamento entre as avenidas Antônio Sales e Desembargador Moreira. Na ocasião, representantes do movimento exibiram faixas com dizeres relacionados à violência contra a mulher. Os homens que passavam pelo local receberam pulseiras da campanha Laço Branco e informativos com dados sobre esse tipo de violência em nossa região.
Portanto, o No Pátio convida todos os homens a usarem uma fita branca no braço, como símbolo da promessa de nunca cometer, tolerar ou permanecer em silêncio diante deste crime. Vamos juntos clamar por um basta à violência contra a mulher!
Fotos: Reprodução.
