Desde que a Cetenco (empresa paulista de engenharia) saiu do consócio vencedor da licitação das obras da Linha Leste do Metrofor, que hoje se encontram paralisadas, a espanhola Acciona não tinha como prosseguir com as obras e nem o Governo do Ceará tinha mais como obter recursos federais.
A boa notícia é que esse cenário pode mudar, pois a construtora cearense Marquise assinou contrato com Acciona e agora compõe o consórcio responsável pelas obras do empreendimento. O valor a ser empenhado é de R$ 2,2 bilhões e, apesar de não haver data prevista para retomada das obras, a expectativa é de que isso aconteça no máximo em cinco meses.
Por força da Lei 8.666/93, que exige pelo menos uma companhia brasileira na condição de participante do empreendimento, o consórcio agora denominado Metrô Linha Leste Fortaleza tem oficialmente a Marquise como construtora líder, com 40% do contrato. Até agora, do valor total do contrato foram executados algo em torno de R$ 50 milhões. O dinheiro investido na obra corresponde ao local de abertura do túnel por onde entrarão as máquinas. A construção das estações Colégio Militar e Edson Queiroz, em frente à UNIFOR, na Washington Soares, ainda estão em fase inicial.
O Metrô Linha Leste Fortaleza terá 13 km de extensão. Conforme o projeto, 12 km serão subterrâneos e quilômetro restante será de superfície. O ramal ligará o Centro ao Bairro Edson Queiroz, e o projeto prevê a construção de 11 estações. Segundo a Secretaria da Infraestrutura do Estado (Seinfra), a previsão é de que a Linha Leste atenda 400 mil usuários por dia. O percurso médio do trajeto será de aproximadamente 17 minutos.
A Secretaria da Infraestrutura do Estado (Seinfra) atesta que as obras do Metrô Linha Leste Fortaleza estão paralisadas desde o início deste ano. O cenário no local das obras da estação do Colégio Militar é de abandono.
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