Assembleia debate políticas públicas para desaparecidos no Ceará

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A dor de ter um ente querido desaparecido é um aperto no peito que nunca passa, sendo considerada por algumas pessoas até mesmo pior do que perder alguém para a morte. A incerteza, o medo, a saudade, são sentimentos que predominam na mente e no coração de quem não sabe onde está ou o que pode ter acontecido com alguém a quem se ama.

Para falar sobre o assunto, as comissões da Juventude, da Infância e Adolescência, de Defesa Social, Direitos Humanos e Cidadania, e de Seguridade Social e Saúde da Assembleia Legislativa realizam hoje, a partir das 14 horas, uma audiência pública para discutir políticas públicas estaduais referentes às pessoas desaparecidas no Ceará. O debate vai ser realizado no Complexo de Comissões Técnicas da Casa.

A presidente da Comissão da Juventude e autora do requerimento para a audiência, a deputada Augusta Brito (PCdoB), considera que o desaparecimento de pessoas é uma questão grave e pode ser compreendido como um problema social que acomete o Brasil, necessitando de um maior envolvimento de diversos atores sociais e órgãos da administração pública.

Entre os casos de pessoas desaparecidas no Ceará, a parlamentar enaltece especialmente os casos de idosos acometidos por perdas temporárias ou definitivas de memória, de crianças e adolescentes que fogem de casa por conflitos familiares, casos de violência doméstica, além de vítimas de sequestros ou acidentes fatais, assim como calamidades ou crimes cujos corpos não são localizados.

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“O desaparecimento de pessoas não constitui crime. Não possui materialidade, não prescreve em prazos determinados e não pode gerar inquérito policial. Por essas razões, é tratado somente em processos administrativos”, acrescenta Augusta Brito.

O evento reforçará a necessidade, em âmbito geral, de uma maior mobilização e atenção pela causa. Entre os convidados para participar do debate acerca de pessoas desaparecidas no Ceará estão Adriana de Moraes Correia, perita adjunta da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), e Vinício Brígido Santiago Abreu, representante do Conselho Regional de Psicologia.

 

Fotos:Reprodução. 

 

 

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