Antes praticada só por necessidade a dieta sem glúten vem cada vez mais ganhando adeptos que buscam perder peso e melhorar também a saúde através da alimentação. O cardápio adotado também por celebridades condena a farinha de trigo e seus derivados, como pão e macarrão, e proíbe qualquer alimento com aveia, malte, centeia e cevada.
Entretanto, a questão de alimentos com e sem glúten ainda é uma grande polêmica. Muitos médicos são a favor e outros contra, por uma série de motivos. Recentemente uma pesquisa realizada pela Universidade de Aberdeen, na Escócia, apontou que eliminar o glúten da dieta pode fazer a pessoa engordar.
Durante o estudo, o glúten foi eliminado da alimentação dos voluntários durante seis semanas. Mesmo se os pacientes fossem comer algum doce, teriam de ser sem a substância. Todos os pesquisados fizeram exames de sangue antes e depois do experimento, incluindo os níveis de colesterol, funcionamento do fígado, células brancas e vermelhas, ferro e açúcar no sangue.
Muitos adeptos da alimentação sem glúten afirmam que se sentem mais dispostos e até com a memória melhor. Outras pesquisas já disseram que essa dieta aumenta a energia do corpo, mas a especialista Helen Bond, critica os alimentos sem glúten pelo seu excesso de gorduras.
Segundo Helen, os produtos “glúten-free” possuem mais gorduras para dar mais sabor ao alimento. Todos esses produtos já prontos têm alto teor de gordura, então a pessoa pode estar fugindo do glúten e consumindo mais calorias, em forma de gordura.
A especialista ainda diz que eliminar a substância da dieta é perigoso. “Todos os alimentos possuem função diferente no organismo. Não comer glúten significa ingerir menos fibras, que ajudam a prevenir problemas cardíacos, diabetes e melhoram o funcionamento do intestino”.
Helen ressalta que as únicas pessoas que deveriam praticar a dieta sem glúten são os celíacos, que possuem intolerância total aos alimentos com a substância.
A doença celíaca é bem comum. Ela afeta cerca de 1% das pessoas de todo o mundo, mas, mesmo com essa abrangência, isso não explica a crescente popularidade da dieta sem glúten.
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