SUS incorpora remédio para comportamento agressivo em adultos com autismo

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O autismo é um transtorno de desenvolvimento que geralmente aparece nos três primeiros anos de vida, comprometendo as habilidades de comunicação e interação social. As causas ainda são desconhecidas, mas pesquisas na área estão cada vez mais intensas e acredita-se que há uma combinação de fatores que levam a síndrome. Sabe-se que a genética e agentes externos desempenham um papel chave nas causas do transtorno.

Para os adultos com comportamento agressivo no transtorno do espectro do autismo, a boa notícia é que a Portaria do Ministério da Saúde, publicada ontem (segunda-feira, 18), no Diário Oficial da União, incorpora no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) o uso da risperidona no tratamento.   

Em 2014, a pasta já havia anunciado a incorporação do remédio para tratar sintomas de autismo em crianças. A distribuição da droga, nesse caso, começou no ano passado. O medicamento também já é utilizado na rede pública para outros fins, como por exemplo, no tratamento de transtorno bipolar.

Apesar de não ter cura, técnicas, terapias e medicamentos, como a risperidona, podem proporcionar qualidade de vida para os pacientes com autismo e suas famílias. A inclusão de medicamentos no SUS obedece a regras da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias, que exige comprovação da eficácia, do custo-efetividade e da segurança do produto por meio de evidência clínica consolidada. Após a incorporação, o remédio pode levar até 180 dias para ficar disponível ao paciente.

Autismo 2

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, as chances de uma criança desenvolver autismo por causa da herança genética é de 50%, sendo que a outra metade dos casos pode corresponder a fatores exógenos, como o ambiente de criação. Ainda segundo a OMS, a estimativa é que 70 milhões de pessoas no mundo tenham a síndrome. No Brasil, o número é próximo de dois milhões de pessoas.

Fotos: Reprodução. 

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