Apesar de estarem chegando de forma tímida no Ceará, as chuvas que caíram no estado nos últimos dias já animam muitos agricultores, que começam a lançar sementes ao solo na expectativa das primeiras plantações. Toda essa animação, misturada com esperança, pode ser percebida nos moradores e agricultores de Saboeiro, na Região do Alto Jaguaribe. Isso porque o açude cearense Caldeirões atingiu o seu limite máximo de armazenamento de água na última terça-feira (19), de acordo com o boletim da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh).
Entretanto, apesar desta boa notícia, a situação ainda é considerada crítica em outras regiões do estado, o que faz com que o prognóstico da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), de que há grande probabilidade do Ceará enfrentar o quinto ano consecutivo de seca, ainda assuste.
Dos 153 reservatórios monitorados pela Cogerh, 136 estão com volume inferior a 30% da capacidade de armazenamento. Das 12 bacias hidrográficas do Ceará, a que se encontra em pior situação é a do Baixo Jaguaribe, cujos açudes acumulam 0,25% do volume total. A Bacia do Alto Jaguaribe é a que apresenta maior nível de abastecimento, com 26,65%.
Já o Castanhão, principal açude cearense a abastecer Fortaleza, registrou queda no volume da água armazenada. Segundo a Cogerh, o Castanhão perdeu 18,9 milhões de metros cúbicos de água entre 18 e 15 de janeiro. Atualmente, o volume do açude é de 10,45% da sua capacidade total.
As chances de haver precipitações em torno da média são de 23% e, para chuvas acima da média, a probabilidade é de apenas 8%. A categoria abaixo da média histórica para o período de dezembro a fevereiro no estado corresponde a chuvas de 0 a 203 milímetros. Precipitações de 203 a 312 milímetros são consideradas em torno da média. Caso chova 312 milímetros ou mais, a categoria é acima da média.
Até o momento, foram registradas chuvas no Ceará, em pelo menos uma região do estado, todos os dias de janeiro. De acordo com o balanço da Funceme, na última terça-feira (19), as precipitações alcançaram o maior número de cidades, chovendo em 163 dos 184 municípios cearenses.
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