A maioria das pessoas não compreendem as consequências como um todo das doenças transmitidas por alimentos e que as complicações de longo prazo não se limitam e podem acarretar em uma série de sequelas crônicas e até mesmo em morte. Só nos Estados Unidos a intoxicação alimentar é responsável por em média cinco mil óbitos a cada ano, um índice preocupante. No Brasil, o número também tem aumentado.
A melhor forma de não sofrer com os males da intoxicação é se preocupar com a segurança alimentar. Por isso, Bill Marler, especialista no tema e advogado que representou vítimas de quase todos os surtos de intoxicação que ocorreram nos Estados Unidos nos últimos 20 anos, acaba de publicar em uma revista online listando seis alimentos que, segundo ele, jamais comeria.
Na revista Bottom Line Health, o especialista afirma que já viu muitos casos de intoxicação por esses alimentos e que simplesmente não vale a pena correr o risco. Veja abaixo quais são eles:
– Ovos crus ou semi crus
Apesar de no final da década de 1980 uma epidemia de Salmonella na Grã-Bretanha ter transformado o ovo em inimigo número um, muitas pessoas não deixaram de consumi-lo cru.
O ovo é um dos alimentos mais nutritivos e econômicos do mundo, mas tem muitos riscos.
E, para evitar doenças, os especialistas recomendam armazenar os ovos na geladeira e servi-los após cozimento.
– Frutas e vegetais que se vendem lavados ou cortados, “prontos” para comer
Nos últimos anos houve um grande aumento nas vendas de saladas, frutas ou verduras lavados, cortados e prontos para o consumo, mas o especialista afirma que quanto mais se manipula e processa um produto, maior é o risco de contaminação.
– Brotos ou germinados (de soja, feijão, alfafa etc) crus
Desde o meio da década de 1990 os brotos crus ou levemente cozidos já foram ligados a mais de 30 surtos bacterianos nos Estados Unidos. Em 2011, por falta de segurança alimentar quase quatro mil pessoas ficaram doentes e 53 morreram devido a uma intoxicação na Alemanha.
– Leite e sucos sem pasteurização
O leite sem pasteurização tem 150 vezes mais chances de causar doenças do que os produtos lácteos pasteurizados. Segundo Marler, estes alimentos podem estar contaminados com vírus, parasitas e bactérias como a Salmonella, E. coli e Listeria. E o mesmo se aplica aos sucos não pasteurizados, muitos populares em lojas de produtos saudáveis ou comprados nas ruas, feitos de frutas, que podem conter bactérias perigosas. De acordo com Marler, o mais seguro é verificar se a embalagem do suco tem uma etiqueta afirmando que “este alimento foi pasteurizado”.
– Carne malpassada (inclusive hambúrguer)
Se a carne moída não for cozida a 70 graus interna e externamente pode causar intoxicação por E. coli, Salmonella e outras bactérias. Marler afirma que também há problemas na técnica de maceração dos bifes: a prática de furar a carne com uma agulha para amaciá-la e que pode transferir micróbios da superfície para o interior da carne. Se a carne está macerada, Marler afirma que prefere comer o bife bem passado. Se não está, escolhe o bife ao ponto.
Fique de olho na segurança alimentar! Escolha com cuidado os restaurantes onde você faz as refeições e no preparo da comida procure conferir a validade dos produtos e sempre ter higiene na cozinha.
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