Os professores da rede municipal de ensino de Fortaleza decidiram permanecer em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada após os professores rejeitarem as propostas da Prefeitura de Fortaleza, que foram apresentadas na primeira reunião de negociação ocorrida na última sexta-feira (12). De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Ceará (Sindiute), que representa a categoria, os docentes chegaram a essa decisão por unanimidade.
Dos 11 mil professores, 30% devem continuar trabalhando. Mesmo assim, 150 mil alunos devem ficar sem aula. A greve, de acordo com os sindicalistas, vai permanecer até que haja acordo com a prefeitura.
Durante a reunião com os professores, o prefeito Roberto Cláudio fez as seguintes propostas:
– Reajuste salaria de 11,36% em duas parcelas, com a primeira (5,5%) a partir do mês de março retroativo a janeiro, e a segunda (5,86%), a partir de agosto.
– Pagamentos dos anuênios devidos pelo município no valor de R$49 milhões. O montante vai ser pago a partir do mês de agosto, no valor mensal de R$1 milhão por mês.
– Iniciar em abril o processo de abertura para adesão dos que quiserem converter a licença-prêmio em dinheiro. Aos que optarem pelo dinheiro, este será pago a partir da folha do mês de junho, no valor mensal de R$1 milhão.
Após se opor ao acordo, os professores da rede municipal decidiram dar continuidade a greve. A categoria também reivindica melhorias estruturais nas escolas, além de segurança para áreas de risco.
A partir das 9 horas de hoje, os professores devem realizar um ato na Praça da Imprensa, caminhando até a Secretaria Municipal de Educação (SME), no Dionísio Torres. Ás 16 horas também está previsto que eles se reúnam na Praça do Ferreira, no Centro, para realizar uma caminhada até o Paço Municipal. De acordo com a diretora do Sindiute, Gardênia Baima, os professores da professores da rede municipal esperam que o prefeito Roberto Cláudio os ouça e faça uma nova proposta.
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