No início deste mês, Agentes da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) denunciaram ao Ministério Público (MP) a prática de concessão de folgas e horas extras condicionadas a quantidade de notificação aplicada por mês. Segundo um grupo de servidores da Autarquia , a atual gestão beneficia os profissionais que se destacam na fiscalização, prioriza uma política de arrecadação e persegue trabalhadores ligados ao Sindicato.
Como todos os lados da história devem ser ouvidos, o vereador Pastor Rolim (PR) usou o tempo do pequeno expediente de ontem (terça-feira, 8) para convidar o presidente da AMC a comparecer à Câmara Municipal de Fortaleza e prestar esclarecimentos sobre a denúncia de assédio moral e perseguição contra os agentes.
Na ocasião o vereador evidenciou aos demais parlamentares as denuncias dos agentes. “A denúncia é de que a prática da concessão de folga e hora extra, são condicionados ao número de notificações realizadas pelos agentes no mês. Fica a minha nota de repúdio e quero convidar o presidente para prestar esclarecimentos nesta Casa sobre essa denúncia criminosa”, frisou.
Esta não foi a primeira vez que o vereador do Partido da República cobrou esclarecimentos da AMC sobre denúncia de assédio moral contra agentes. No início de março o Pastor Rolim afirmou durante uma sessão plenária que essa atitude da Autarquia Municipal de Trânsito está sendo, “no mínimo, criminosa e a categoria dos agentes de trânsito repudia tal comportamento”.
De acordo com o diretor do Sindicato, Eriston Ferreira, a Autarquia tem ferido a Constituição Federal, violando os princípios básicos da administração pública, da transparência pública e dos princípios da isonomia, visto que não haveria critérios nas concessões dos benefícios.
O documento com o pedido de investigação por parte do Ministério Público ao órgão de trânsito foi entregue no primeiro dia deste mês e está sendo averiguado.
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