Imagine esgotos domésticos e comerciais, com restos de gorduras, fezes, urinas, alimentos e vários outros tipos de dejetos, sendo despejados diariamente no leito de um rio. Imaginou? Pois infelizmente essa é a situação do Rio Jaguaribe, no qual a sensação sentida é de uma latrina a céu aberto. A degradação de um dos mais importantes cursos de água do estado do Ceará foi discutida na tarde da terça-feira (15) pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Semiárido da Assembleia Legislativa.
O debate, que aconteceu no Complexo de Comissões Técnicas da Casa, foi solicitado pelo deputado Heitor Férrer (PSB), que afirma que a situação da potência hídrica do Rio Jaguaribe é crítica. “O rio também é denominado o maior rio seco do mundo. Devemos debater as consequências para a flora e a fauna existentes na bacia do Jaguaribe, que está sem receber a devida atenção dos poderes públicos”, apontou o parlamentar.
Para a audiência, foram convidados representantes do Ministério Público Federal, representantes das promotorias de Justiça do Meio Ambiente e Planejamento Urbano do Ministério Estadual e Comissão de Direito Ambiental da Organização dos Advogados do Brasil (OAB). Também foram convidados secretários do meio ambiente dos municípios da região do Jaguaribe, representantes da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), Superintendência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), vereadores, deputados e representantes do Movimento Pró-Árvore.
A cada ano a situação do Rio Jaguaribe só piora e as pessoas não se conscientizam sobre a gravidade da destruição dos recursos naturais. Talvez por isso a Assembleia Legislativa tenha percebido o quão urgente é necessário tomar ações concretas para preservar esse rio, que tem mais de 670km de extensão e que corta o Ceará ao meio.
Afinal, não basta ter consciência do problema, é necessário a participação de todos na luta pela preservação da natureza.
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