Com a rápida proliferação do Aedes aegypti, e consequentemente com o avanço das doenças transmitidas pela picada do mosquito, a saúde pública encontra-se em estado de alerta. Cada vez mais preocupados em manter os cuidados e evitar que a epidemia de doenças como a dengue e o zika vírus se espalhe, pesquisadores do mundo inteiro se esforçam para criar um método rápido e eficaz para conter o inseto.
Divulgada na última quinta-feira (17), a cargo de pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, através da revista médica Science Translational Medicine, pesquisadores norte-americanos desenvolveram a primeira vacina experimental que poderá proteger a população contra a dengue.
Até agora o experimento foi realizado com 41 voluntários, todos com saúde em bom estado, dos quais 21 receberam uma única dose de vacina e os demais um placebo. De acordo com os cientistas, os resultados do ensaio clínico são promissores e podem prevenir a infecção com vírus da dengue. “Sabendo o que sabemos sobre esta nova vacina, estamos confiantes de que possa funcionar bem”, disse Anna Durbin, professora adjunta da Universidade de Saúde Pública Johns Hopkins, que liderou o estudo.
A dengue infecta por ano cerca de 400 milhões de pessoas em mais de 120 países. No Brasil, somente até o início de março deste ano, já foram contabilizados 495.266 casos de dengue. O que representa um aumento de quase 50% em relação ao número de casos registrados no mesmo período do ano passado, ano em que foi registrada a maior epidemia de dengue da história do País.
De acordo com o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, ao longo dos 30 anos em que a dengue é endêmica no Brasil, uma grande epidemia era, em geral, seguida por um período de maior tranquilidade, o que não vem acontecendo nesta década.
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