De acordo com dados da Unicef, os homicídios representam 36,5% das causas de morte dos adolescentes no País, enquanto para a população total correspondem a 4,8%. A Região Nordeste é a que apresenta a maior incidência de violência letal contra adolescentes. A situação é crítica, por isso políticas públicas, tanto locais, quanto estaduais e federais, vêm buscando soluções que possa contribuir para monitorar e amenizar esse fenômeno no tempo e no espaço.
Em dezembro de 2015, foi lançado no Ceará um Comitê de Prevenção de Homicídios na Adolescência. A primeira audiência pública da iniciativa, que é uma parceria entre o Governo do Estado e a Unicef, aconteceu na tarde da segunda-feira (21). A população presente durante o encontro chamou a atenção para a necessidade de fortalecer a participação dos jovens, oferecer escolas em tempo integral e profissionalizante, estruturar programas de orientação familiar e mediação de conflitos, estimular a cultura de paz, garantir direitos de crianças e adolescentes e fazer o debate sobre o consumo de drogas e o racismo, entre outros pontos.
Na ocasião os participantes dividiram-se em quatro grupos para discutir as razões da violência entre crianças e adolescentes. O chefe do escritório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte, Rui Aguiar, frisou a importância de ouvir as propostas das entidades e sociedade. “Essa audiência dá início ao processo de escuta”, disse.
Segundo o presidente do Comitê de Prevenção de Homicídios, deputado Ivo Gomes (PDT), ainda terão mais 12 audiências, sendo quatro em Fortaleza e nove na Região Metropolitana e interior do Estado. As sugestões ouvidas em cada audiência serão consideradas na elaboração do relatório final do trabalho.
A próxima audiência do Comitê de Prevenção de Homicídios será realizada na próxima terça-feira (29), no bairro Bom Jardim, em Fortaleza. O encontro será realizado na Escola Estadual de Educação Profissional (EEEP) Ícaro de Souza Moreira, a partir das 18 horas.
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