Você passa muito tempo no Facebook, Instagram ou em alguma outra rede social? Como bem diz a sabedoria popular, tudo demais é veneno! Nos dias de hoje, uma ferramenta tecnológica de que temos nos tornado mais e mais dependentes é a Internet, e seu uso compulsivo pode andar de mãos dadas com o mal dos tempos modernos: a depressão.
Estudos sugerem que o uso excessivo das redes sociais pode indicar um quadro depressivo, ou causar o agravamento da doença para quem já sofre dela. Uma pesquisa feita pela Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh sugere que as pessoas com frequência muito elevada no uso do Facebook, por exemplo, têm quase três vezes mais chances de estarem sofrendo ou de desenvolverem depressão do que aqueles que o fazem menos frequentemente.
Durante a pesquisa foram entrevistados 1.787 jovens adultos com idades entre 19 e 32 anos. Os resultados mostraram que, em média, os participantes usaram as redes sociais (Facebook, Twitter, YouTube, Google Plus, Instagram, Snapchat, Reddit, Tumblr, Pinterest, Vine e Linkedin) por em média uma hora ao longo do dia, visitando várias contas até 30 vezes por semana. Levando em consideração fatores como idade, gênero, etnia, status de relacionamento, situação financeira e grau de instrução, os especialistas determinaram que mais de um quarto dos indivíduos observados apresentaram altos indícios de sofrerem de depressão.
Entretanto, o estudo não apontou as redes sociais propriamente como sendo a possível causa para o desenvolvimento de transtornos depressivos. Uma das estudantes que participou da elaboração da pesquisa afirma que, provavelmente, indivíduos que já estão deprimidos podem estar utilizando as redes sociais na tentativa de preencher um vazio, o que é justamente o porquê de pensar-se que o uso excessivo das redes sociais pode ser indicativo da doença.
Os pesquisadores concluíram também que, para aqueles já diagnosticados ou com tendência à depressão, uma exposição excessiva ao conteúdo das mídias sociais pode intensificar o quadro, por sentimentos negativos, como a inveja ou a diminuição da autoestima, ao observarem a vida de pessoas aparentemente mais felizes e bem sucedidas.
Outra situação que colaboraria com a depressão seria a sensação de “tempo perdido”, após longos períodos de uso excessivo das redes sociais, navegando pelas páginas dos outros. Isso sem falar na vulnerabilidade que a exposição virtual pode causar, aumentando o risco de sofrer algum tipo de bullying virtual ou receber comentários negativos, que certamente terão algum impacto no humor do indivíduo.
E você, já parou para pensar quanto tempo gasta nas redes sociais? O que achou da pesquisa? O No Pátio quer saber…
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