Pesquisa diz que reclamar altera negativamente o cérebro

Ciência|Comportamento|Pesquisas

O ato de reclamar como forma de protestar, exigir e reivindicar mudanças é comum em praticamente todos os seres humanos. Para algumas pessoas queixar-se ou lamuriar-se de algo pode servir como uma catarse, uma maneira de descarregar emoções e experiências negativas.

Queixa vem do latim, de quassiare, de quassare, que significa golpear violentamente, quebrantar, e expressa uma dor, uma pena, o ressentimento, a inquietação… O fato é que ouvir alguém reclamar, mesmo que seja você mesmo, nunca fez bem e a ciência comprovou isso. 

Um estudo feito pelo cientista da computação e filósofo Steven Parton revelou que olhar com mais atenção ao que o ato de reclamar realmente faz para o cérebro, nos dá motivos reais para lutar por um estado de espírito mais positivo e eliminar o “mimimi” de nossas vidas.

De acordo com Steven, o cérebro tem toda uma coleção de sinapses separadas por uma espécie de espaço vazio. Sempre que se tem uma ideia, por exemplo, uma sinapse faz um disparo químico por meio desse espaço vazio, construindo uma espécie de ponte sobre a qual o seu sinal elétrico possa atravessar carregando sua carga de informação (ou o pensamento em si).

Neste momento você deve estar se perguntando: Mas, afinal, o que isso quer dizer? O pesquisador explica que o cérebro aprende a procurar um caminho mais curto e mais fácil. Se você está habituado a fazer reclamações e ter pensamentos negativos, seu cérebro sempre buscará fazer isso novamente, visto que para ele esse é o caminho mais fácil, pois ele já sabe “por onde ir”.

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A boa notícia é que isso também acontece com o pensamento positivo, a gratidão, etc. É claro também que as sinapses não se restringem a uma linguagem binária de felicidade versus tristeza: quanto mais você pensar em um determinado assunto, mais íntimo será dele, quanto mais estudar ou pesquisar, mais inteligente tenderá a ser, e assim por diante.

O cérebro é um órgão realmente complexo e é sempre bom ver uma explicação científica sobre as coisas da vida com as quais estamos já tão acostumadas, não é mesmo?

Fotos: Reprodução. 

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