As chuvas dos últimos meses e o aumento do nível dos reservatórios contribuíram para que em fevereiro e março deste ano houvesse uma redução no valor das bandeiras tarifárias. Essa redução fez com que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informasse, na última terça-feira (29), que vai acionar a bandeira verde nas contas de luz a partir deste mês. Desde a implantação do sistema esta será a primeira vez que a medida não fará cobrança adicional nas tarifas de energia dos brasileiros.
O relator da proposta, o diretor Tiago de Barros Correia, ressaltou que as condições de geração de energia estão favoráveis em todo o Brasil, exceto no Nordeste, onde a situação ainda não é tão confortável, mas que, mesmo assim, será compensada pelas demais regiões. De acordo com os registros, há um saldo acumulado de R$2 bilhões na conta centralizadora das bandeiras tarifárias.
Em vigor desde janeiro de 2015, o sistema de bandeiras das tarifas de energia foi criado para sinalizar ao consumidor o custo da geração de energia no país mais caro quando há redução no nível dos reservatórios das hidrelétricas e necessidade de uso das usinas térmicas. As cores das bandeiras (verde, amarela ou vermelha) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração de eletricidade.
Desde que o sistema foi criado até janeiro de 2016, estava em vigor a bandeira vermelha, que indica o cenário mais desfavorável, com um acréscimo de R$4,50 para cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. Em fevereiro deste ano, a bandeira vermelha foi dividida em dois patamares e foi aplicado o patamar 1, que reduziu para R$3 a taxa adicional.
Em março deste ano, pela primeira vez começou a vigorar a bandeira amarela, reduzindo ainda mais (para R$1,50) o valor cobrado para cada para cada 100 kWh consumidos. Para este mês, a expectativa é de que a bandeira nas tarifas de energia passe a ser verde, quando não há cobrança adicional.
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