Após o uso da fosfoetanolamina sintética, a chamada pílula do câncer, ter sido aprovado em lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff o estado do Ceará não está nem um pouco intimidado em relação a polêmica que ainda gira em torno do novo medicamento.
A prova disso é que para viabilizar os testes da pílula no Ceará o deputado estadual Odilon Aguiar (PMB) se reuniu com o pesquisador da substância, o médico Renato Meneguelo, e com as representantes da Secretaria da Saúde do Estado – Lilian Amorim e Sônia Felício -, para debater como seria a logística para a realização dos procedimentos.
De acordo com o deputado Odilon Aguiar, neste momento a obrigação é discutir o assunto e viabilizar uma maneira de as pesquisas avançarem. O parlamentar destaca que os testes devem ser realizados no Estado em doentes terminais e sem abandonarem o tratamento convencional. “Para a utilização da substância é preciso ter a autorização do paciente. Existem milhares de pessoas doentes que estão buscando uma esperança, por isso é importante a realização de testes”.
O próximo passo para viabilizar os testes da pílula do câncer no Ceará é a apresentação de uma planilha de custos e procedimentos em relação ao tratamento, que será feita pelo médico e pesquisador Renato Meneguelo. Ele esclarece que, atualmente, apenas os pacientes do Instituto do Câncer de São Paulo têm acesso à substância. “Hoje, apenas um laboratório está produzindo a Fosfoetanolamina, enquanto que muitas de ações judiciais já deram ganho de causa para milhares de pessoas vítimas de câncer”.
Desenvolvida no campus de São Carlos para o tratamento de tumor maligno, a fosfoetanolamina é apontada como possível cura para diferentes tipos de câncer e mesmo sem provas científicas de que a pílula do câncer é realmente eficaz, a substância foi liberada para pessoas diagnosticadas com a doença – pelo menos até o fim dos testes.
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