Tesouras e esmaltes são os instrumentos de trabalho escolhidos por uma em cada sete brasileiras que atuam por conta própria, segundo informações do Sebrae. Em uma posição bastante diferente encontra-se o sexo masculino. Enquanto no setor de beleza as mulheres ainda reinam, como consumidoras e como empresárias, o número de homens que assumem essa área como carreira ainda é infinitamente menor.
De acordo com o Sebrae, no Brasil existem 570 mil empresas no ramo da beleza, sendo que apenas 100 mil são administradas por homens. Porém, cada vez mais os homens têm peso no mercado de beleza brasileiro, contribuindo para que o País se mantenha entre os três maiores do mundo no setor (atrás de Estados Unidos e Japão) e seja um dos que mais crescem entre os grandes. Em salões e centros de bem estar, por exemplo, eles são responsáveis por cerca de 30% do movimento, segundo a Associação Brasileira de Clínicas e Spas.
O público masculino tem sido uma boa surpresa para o setor de beleza e estética. Os homens estão mais vaidosos e preocupados com marcas de expressão, redução de medidas abdominais e procedimentos de rejuvenescimento. Cuidar da beleza e procurar por procedimentos estéticos e cirurgias plásticas realmente não são mais comportamentos somente das mulheres. Muito pelo contrário, os homens estão cada vez mais preocupados com a aparência. São clientes fieis, que gastam mais quando gostam do serviço e indicam o estabelecimento com boas recomendações à família e aos amigos.
Um dos exemplos de homens de sucesso no setor de beleza é Pedro de Oliveira, diretor de negócios da rede de lojas itinerantes de cosméticos, Miss Pink. Antes de se arriscar no ramo, Pedro chegou a ser funcionário público, mas decidiu abandonar a estabilidade e segurança do cargo para entrar no mundo dos negócios. “Cada vez mais homens e mulheres estão preocupados com a aparência, então o setor de beleza acaba sendo uma área promissora para se investir”, afirma.
Seja no setor de serviços ou no comércio, o mercado de beleza masculina é um segmento em expansão, mas é preciso saber se comunicar com os potenciais consumidores para aproveitar as oportunidades.
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