Responda rápido: Qual é a dupla preferida no prato dos brasileiros? A junção de feijão e arroz é quase uma “lei” no cardápio das famílias de diversas regiões do País, mas a combinação mais popular de alimentos, presente com muita frequência em nossas mesas, está ficando cada dia mais cara.
Como este ano o clima não ajudou – foi estiagem no lugar errado e chuvas no lugar errado, o preço do feijão vem pressionado o orçamento das famílias e fazendo muita gente desistir do prato mais tradicional da culinária brasileira. Para tentar reduzir o preço do produto, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) oficializou, na última quinta-feira (23), a redução do Imposto de Importação para os feijões preto e carioquinha por noventa dias. A medida foi assinada pelo ministro Marcos Pereira.
No dia anterior (quarta-feira, 22), o presidente interino Michel Temer anunciou que a redução para 0% da tarifa sobre os feijões visa combater a elevação do preço do alimento, tomada por fatores climáticos que afetaram a safra ao longo do primeiro semestre.
Entre 15 de maio e 15 de junho, o preço do feijão subiu 16,38%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15). O índice serve de prévia para o IPCA, que mede a inflação oficial do governo.
Atualmente, o feijão que entra no País paga tarifa de 10%. No entanto, o produto de países do Mercosul já é isento de tarifa de importação, por isso Temer também afirmou que o Brasil deve aumentar a compra de feijão da Argentina, Paraguai e Bolívia. Na prática, a medida estendeu a alíquota zero para países de fora do bloco econômico que produzam feijão das duas variedades.
Embora a expectativa do governo seja de que essas medidas possam reduzir preço do feijão, especialistas não se mostram nada otimistas. Segundo operadores da Bolsa de Gêneros Alimentícios do Rio de Janeiro (BGA-RJ), ainda vai demorar para o consumidor brasileiro pagar menos pelo feijão.
Nas redes sociais alguns engraçadinhos passaram até a usar o fato como brincadeira e inventaram uma hashtag: “Temer baixa o preço do feijão“.