Sensibilizar e incentivar a população acerca da importância da separação dos resíduos para preservar o meio ambiente, há tempos, vem sendo tema de debates entre os diferentes tipos de políticas públicas e sociais.
Em uma nova discussão sobre o assunto, a Câmara Municipal de Fortaleza realizou uma audiência pública, na tarde da última quinta-feira (30), para argumentar propostas para estimular os condomínios residenciais e comerciais da cidade a utilizar os Ecopontos.
O debate foi proposto pelo vereador Deodato Ramalho (PT), que ao iniciar sua fala destacou que apesar de a cidade ter avançado na questão do lixo, em Fortaleza ainda falta um gerenciamento adequado dos resíduos que a sociedade produz.
“Não posso me guiar sob o viés de caráter politico, já que faço parte da bancada da oposição na Casa. Faz-se necessário uma ação voltada para o estado, já que é uma obrigação legal se adequar a lei nº 12.305. Fazendo a coleta seletiva, contribuímos com esses profissionais proporcionando melhores condições de trabalho do ponto de vista de saúde e renda”, disse.
Na ocasião, Antônia da Silva, representante da Rede de Catadores, solicitou que os colegas de profissão estejam presentes nos projetos da Prefeitura de Fortaleza e relatou que, depois dos projetos como Ecopontos e o E-Coelce, diminuíram consideravelmente a quantidade de materiais de trabalho para esses profissionais.
“E como fica a gente? Estamos sendo prejudicados. Nos excluíram. Não podemos ocupar todos os espaços da cidade, mas que tenhamos espaço garantido também dentro dos Ecopontos. Precisamos conversar com o prefeito”, pontuou Antônia.
O Professor Albert Gradvohl, Coordenador Especial de Limpeza e Resíduos Urbanos, fez um contexto histórico sobre a situação dos catadores em nosso estado. Durante o debate o professor destacou que o plano atual de limpeza urbana insere os catadores no processo de reciclagem, mas é preciso sentar e alinhar as políticas de inserção dos mesmos.
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