Instabilidade econômica e incertezas sobre o amanhã são alguns dos pesadelos que os brasileiros têm vivido nos últimos dois anos. Porém, mesmo enquanto a economia do País sofre com a crise, este ano a indústria do franchising ampliou seu faturamento em 7,6%, ou seja R$33,7 bilhões somente no primeiro trimestre, comparado ao mesmo período de 2015 (R$28,7 bilhões).
Os dados, que mostram que mesmo diante desse cenário de más notícias existem mercados que seguem em plena expansão, são da ABF (Associação Brasileira de Franchising), que apoia o encontro de franquias promovido pelo Sebrae.
Cada vez mais exigentes e sofisticados, o público das classes A e B sentem a crise, mas de forma diferente. A prova disso é que os segmentos de franquias que mais cresceram nesse período foram as redes de alimentação, esporte, saúde, beleza e lazer.
De acordo com a presidente da ABF, Cristina Franco, o franchising é um setor que aplica indicadores de desempenho e os acompanha constantemente, tomando medidas para preservar sua operação. E foi isso o que ocorreu no primeiro trimestre. Frente a um cenário dos mais desafiadores, as redes buscaram alternativas como promoções, campanhas de incentivo, revisão de mix de produtos, renegociação com fornecedores, identificação de novos mercados e até o desenvolvimento de novos modelos de negócios.
“Mesmo que de forma mais conservadora, notamos que as redes mantêm seus planos de expansão, buscando, inclusive, mercados menos explorados e pontos comerciais em melhores condições. Também notamos um crescente interesse por modelos mais compactos ou que demandam menor investimento inicial”, revelou Claudio Tieghi, diretor de inteligência de mercado da ABF.
Maior capilaridade e interiorização
Entre as explicações para o bom desempenho do setor de franquias em 2015, na contramão da economia do País, também merece destaque a maior capilaridade e interiorização das redes, que tem expandindo a atuação em cidades com menos de 50 mil habitantes.
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