Comer bem, sentir-se satisfeito e não ter que encarar os temidos quilinhos a mais é um ideal de milhares de brasileiros. Na luta diária de quem vive em pé de guerra com a balança, o sonho é aumentar a sensação de saciedade com itens pouco calóricos. Uma das atitudes mais comuns de quem quer emagrecer rapidamente é ir ao supermercado e comprar uma série de opções aparentemente saudáveis, como barrinhas de cereais, sopas instantâneas e sucos de caixinha. Supostamente benéficos à dieta, muitas vezes esses produtos são, na realidade, “falsos” alimentos saudáveis.
Para acabar com os mitos que estão enraizados na alimentação da maioria das pessoas, o No Pátio listou alguns itens que o Especialista em Nutrição Otimizada Rodrigo Polesso considera verdadeiros “vilões da vida saudável”. Criador do programa online de emagrecimento “Código Emagrecer de Vez”, o especialista já ajudou mais de duas mil pessoas a mudarem a relação com os alimentos e adotarem um novo estilo de vida.
Sempre questionado sobre os alimentos saudáveis, Polesso explica que o indicado é ter o que ele chama de “alimentação forte”, que é um estilo de vida alimentar baseado no consumo correto e estratégico de alimentos de verdade e na prática de hábitos comprovadamente saudáveis, para se atingir um peso ideal e mantê-lo por toda a vida. O especialista destaca cinco exemplos de alimentos que muita gente por aí acha que ajudam a emagrecer.
1-Pão integral
O consumo de pães e farinha integral não significa necessariamente uma alimentação saudável. O especialista confirma que o trigo, integral ou não, é um grande vilão do emagrecimento. Ele ensina que o trigo promove o descontrole dos hormônios insulina e leptina no corpo, o que prejudica o emagrecimento.
Contrariando pesquisas recentes acerca de alimentos saudáveis que geraram manchetes favoráveis ao consumo da farinha integral, Polesso afirma que o que foi feito foi um estudo observacional, ou seja, as pesquisas basicamente pegaram uma amostragem de pessoas que consomem pães e massas integrais, e comparam suas vidas com as daqueles que não o fazem. “A pesquisa não considera todos os outros hábitos, com outras influências”, diz o especialista.
2-Barra de cereal
Repletas de açúcar e carboidratos, as barras de cereal são vendidas como um “lanchinho” para que as pessoas não fiquem tanto tempo sem comer. Crítico dos alimentos industrializados, Polesso destaca que o hábito de comer barras de cereal exige a quebra de dois mitos. “Inventaram determinados tipos de alimentos para horas diferentes do dia, mas não existe nenhuma lei definindo o que deve ser consumido conforme a posição do sol, sendo que é possível consumir carnes ou oleaginosas em qualquer horário, por exemplo”, explica.
O outro mito que o especialista procura desconstruir é a falsa ideia de que é necessário comer a cada três horas. “Ao se alimentar a cada três horas se mantém o corpo em estado anabólico constante, mantendo os níveis de insulina elevados no sangue, o que por si só estimula o armazenamento de gordura e previne sua queima. Sem contar que este consumo constante de alimentos não permite que o corpo se refaça, se recicle e se regularize”, ensina.
3-Produtos light
Além de serem geralmente industrializados e repletos de ingredientes nocivos, os produtos que levam o nome “light” nas prateleiras do supermercado apresentam tipicamente redução de gordura boa. “Dessa forma, eles passam a ser verdadeiros aglomerados de carboidratos, quando são justamente as gorduras de qualidade que ajudam a prevenir o ganho de peso, através de uma maior saciedade, colaborando para ao emagrecimento”, explica, lembrando que as pesquisas mais recentes indicam a necessidade de consumir mais gordura do bem, como a que está presente nos ovos, oleaginosas e carnes.
4-Mel
Muitas pessoas passam a utilizar o mel como forma de adoçar algumas bebidas, mas Polesso destaca que o fato de ele ser produzido por abelhas não o impede de ser essencialmente açúcar. Segundo o especialista, pessoas que levam uma vida saudável e um estilo de vida magro podem consumir mel com moderação. “Depende muito da dose, mas simplesmente trocar o açúcar comum pelo mel não adianta para quem procura emagrecer com prioridade, já que o ideal é cortar o consumo de doces ao máximo, utilizando poucas e esporádicas doses de adoçantes mais saudáveis, como Estévia, Xilitol ou Eritritol”, completa.
5-Iogurtes industrializados
Polesso conta que os iogurtes naturais, bem como a manteiga, o queijo e outros derivados do leite, são alimentos bem vindos na dieta, já que são ricos em gorduras de qualidade e proteínas, mas alerta para os tipos de iogurte repletos de açúcar, que geralmente são colocados como opções saudáveis às crianças.
“A maioria dos iogurtes industrializados tem uma quantidade muito grande de açúcar, e ainda utilizam leite desnatado ou apenas o soro do leite, removendo muitos dos nutrientes mais importantes do alimento”, destaca.
Você viu que por mais que alguns alimentos pareçam totalmente saudáveis, na verdade, não são. Esses são apenas alguns exemplos que o No Pátio listou, o correto é não apostar em alguns alimentos milagrosos com a esperança de emagrecer.
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