Deveria ser coisa simples: a água caiu aqui, o relógio mexeu ali, e no fim do mês chega a conta daquilo que você usou. Mas, na realidade a história não é bem assim. A ligação clandestina de água, popularmente chamada de “gato”, está cada vez mais comum nos municípios do Ceará.
Para se ter uma ideia, a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) ampliou a campanha de combate às fraudes na rede de abastecimento para mais 150 municípios no interior do estado e somente em Fortaleza, a companhia encontrou fraude em pelo menos 140 casas visitadas até o dia 26 de agosto.
Segundo a Cagece, os chamados “gatos” representam 50% da perda de água pelo órgão. Com isso, a companhia intensificou o combate às fraudes de água, com aumento no número de equipes, abordagens educativas, fiscalizações intensivas e, agora, com a ampliação da campanha de regularização para os clientes com ligações de água cortadas ou suprimidas.
Ainda em agosto, com investimento de R$8 milhões, a Cagece colocou nas ruas 59 novas equipes de combate às fraudes. A intenção é conseguir economizar a água que acaba se perdendo ou sendo utilizada de forma descontrolada por meio de ligações clandestinas, desvios de água, alterações na medição do hidrômetro, entre outros.
Longe de trazer benefícios ao usuário infrator, as ligações clandestinas de água trazem prejuízos e aborrecimentos. Isso porque além de determinar imediatamente a suspensão do fornecimento de água e a aplicação de multa, gera também o registro em Boletim de Ocorrência (B.O.) e a abertura de processo crime por furto de água. Esse tipo de ação é uma prática criminosa passível de penalidade.
Tudo bem que a água é considerada um patrimônio público, mas é de extrema importância ter consciência acerca de nossos deveres como cidadão. Não ignorar a lei e nem cometer irregularidades no consumo, para se abastecer de forma fraudulenta é o minimo que se pode fazer, não é mesmo?
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