Há muito tempo trabalhadores e empregadores estão divididos sobre a terceirização. De de um lado os defensores clamam por uma oportunidade de otimizar o mercado trabalho, o mercado financeiro e a geração de lucros do empresariado e industrias, do outro a população que serve de mão-de-obra e força de trabalho afirmam ser um retrocesso.
Para o presidente do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), Guilherme Afif Domingos, a terceirização de atividades empresariais não representa precarização do emprego, mas a possibilidade de ampliar a oferta de vagas no mercado de trabalho.
Após uma reunião com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e com representantes empresariais e de trabalhadores do setor de prestação de serviços, no Palácio do Planalto, o presidente do Sebrae disse que vai mostrar ao governo a necessidade de definição do conceito de terceirização.
Na reunião com Padilha, Afif afirmou que as micro e pequenas empresas são “altamente interessadas” na regulamentação e modernização da legislação trabalhista. “Terceirização é um fato de geração de emprego e, por favor, não venham me dizer que é precarização de emprego. A precarização é a falta de emprego”, disse.
Entre os principais pontos defendidos pelo Sebrae apresentados na conversa com o ministro, está a desregulamentação do processo de trabalho que, segundo a entidade, apresenta muitas regulamentações e travas.
“Qualquer coisa na área trabalhista é imensamente trabalhosa e com obrigações acessórias insuportáveis, impossíveis principalmente para o pequeno. Uma grande empresa tem um departamento de recursos humanos. Pequena empresa não tem nem departamento pessoal. Quem cuida é o contador. Portanto, tem grande dificuldade de lidar com essa burocracia”, acrescentou.
Afif defendeu também a contratação part-time (tempo parcial) de trabalhadores, formato que possibilitaria a contratação de mão-de-obra por um número de horas diárias menor, conforme negociação com o trabalhador.
Apesar das polêmicas em torno do assunto, a terceirização é uma realidade mundial. Por isso, agora resta a pergunta: Você é a favor ou contra a terceirização?
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