A segurança das urnas eletrônicas é um aspecto questionado de forma recorrente no País, sobretudo a cada dois anos, quando ocorrem eleições. No último pleito, o de 2014, que escolheu Dilma Rousseff (PT) como a então presidente da República, o partido do candidato derrotado, o senador Aécio Neves (PSDB), pediu a recontagem dos votos.
Para garantir a transparência nas eleições de 2016 e mostrar que o processo eleitoral ocorre de acordo com a lei, o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) começou, na segunda-feira (19), o processo de preparação e lacração das urnas eletrônicas para o pleito municipal deste ano. O procedimento está previsto para terminar até o próximo dia 27.
No final de 2015, o Congresso Nacional aprovou lei que obriga que, junto ao voto eletrônico, haja a impressão do voto impresso pela urna. As cédulas serão depositadas em local lacrado. A próxima eleição, em 2018, já contará com essa mudança.
Defensores da Lei 13.165/2015 argumentaram que a impressão dos votos acabará com a desconfiança frequente com o processo eleitoral e possibilitará recontagem de votos independente do software das urnas eletrônicas, que poderia ser fraudado.
A adoção do registro impresso do voto eletrônico já existe em outros países. Embora o Brasil tenha sido pioneiro no uso da urna, adotada pela primeira vez em 1996, o TSE sempre usou o mesmo tipo de equipamento, chamado de primeira geração.
A maioria dos países que utiliza urnas eletrônicas usa equipamentos da chamada segunda geração, que permite que eleitores chequem o voto antes de confirmar o voto e acompanha a cédula impressa. É o modelo dos Estados Unidos e Bélgica.
Faltando doze dias para o primeiro turno das eleições municipais, marcado para dois de outubro, a Justiça Eleitoral estimula que os eleitores levem a chamada cola no dia da votação. No papel devem conter os números de seus candidatos. Você já decidiu em quem votar nas eleições deste ano?
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