Soneca depois do almoço? Cuidado, pode aumentar o risco de diabetes

Comportamento|Pesquisas|Saúde

Não é uma delícia poder dedicar uns minutinhos depois do almoço ou da metade da tarde para tirar uma sonequinha? O que antigamente era visto como coisa de gente preguiçosa, folgada ou que não tem o que fazer da vida, hoje em dia é comprovado pela ciência como benéfico para a saúde.

Entretanto, se você gosta de tirar aquela soneca (sesta) todos os dias depois do almoço, você deve ficar atento ao tempo que você passa dormindo, pois essa essa prática pode aumentar o risco de desenvolver diabetes se durar mais de uma hora. Pelo menos é o que adverte um estudo japonês.

De acordo com a pesquisa, as pessoas que fazem sestas diárias de mais de 60 minutos de duração apresentam “um risco significativamente mais alto de diabetes do tipo 2″ do que os que não dormem a sesta. Para chegar a essa conclusão, quatro cientistas da Universidade de Tóquio, no Japão, fizeram 21 estudos envolvendo mais de 300 mil pessoas.

Calcula-se que esse risco suplementar seja de 45%, segundo o estudo, que foi apresentado no mês de setembro em um congresso da Associação Europeia para o Estudo da Diabetes (EASD), na Alemanha. Apesar de recente, a pesquisa anda causando bastante controvérsia entre especialistas não envolvidos no estudo.

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Um dos profissionais que se contrapõem ao resultado é o professor de Epidemiologia do Câncer Paul Pharoah, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Segundo ele, os resultados do estudo devem ser analisados com cuidado, pois as causas da diabetes tipo 2 podem estar relacionadas à várias outras causas.

“Uma possibilidade é que as pessoas pouco ativas e com sobrepeso, ou obesas, sejam mais propensas a dormir sestas durante o dia. E estas pessoas também têm maior probabilidade de desenvolver uma diabetes”, disse o especialista . O professor acrescentou que também poderia haver “uma relação de causalidade invertida: uma prática da sesta durante o dia causada por uma diabetes não diagnosticada”.

A diabetes do tipo 2, que representa 90% dos casos da doença, corresponde à incapacidade do organismo para regular o nível de açúcar no sangue. Se não for tratada, essa hiperglicemia pode causar graves problemas de saúde, como cegueira, perda de sensibilidade dos nervos e doenças cardiovasculares.

E você, o que acha? Os resultados dessa pesquisa devem ser considerados com precaução? Conta para a gente…

Fotos: Reprodução. 

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