A delicada situação da zona costeira cearense não é nenhuma novidade. Atingida diversas vezes pela ressaca do mar, em Morro Branco, praia de Beberibe, que fica a 80 quilômetros de Fortaleza, nove barracas já foram destruídas pela maré alta, o que gera um forte impacto no turismo e na economia da cidade.
Para discutir a situação, representantes dos barraqueiros de Beberibe e o prefeito eleito do município, Padre Pedro, se reuniram, na tarde da terça-feira (08), com a Secretaria de Patrimônio da União (SPU) para avançar o processo de remoção e regularização das barracas na praia da região. A partir do resultado desses encontros é que se deve definir o local mais adequado para a reconstrução das barracas de praia.
No mês passado, o avanço da maré provocou estragos no litoral do Ceará, especialmente em Beberibe. Nove das 23 barracas da região foram destruídas. Segundo o deputado Sérgio Aguiar, “Beberibe é uma das praias que tem maior impacto na geração de riquezas no Ceará. A situação tornou-se um problema social porque a sobrevivência das famílias está sendo dificultada”.
A ressaca do mar que destruiu as barracas atingiu picos de até 3,2 metros, segundo matéria publicada no jornal O Povo em 17 de outubro. A Defesa Civil de Beberibe afirmou que os estabelecimentos foram construídos em área indevida, ainda conforme o jornal.
De acordo com Sandro Régis, presidente da Associação de Barraqueiros, Bares e Similares de Morro Branco, o problema vem se arrastando desde maio de 2015, quando a Semace embargou 18 barracas de praia no local. Após o ocorrido, foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para possibilitar o funcionamento do comércio, com o compromisso de as barracas serem realocadas em região adequada.
Hoje está previsto para acontecer uma vistoria conjunta com a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), SPU, Prefeitura e comerciantes, na área escolhida para o remanejamento das barracas. Vamos torcer para que a situação logo seja resolvida.
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