Em mais um capítulo da ininterrupta luta contra o mosquito do Aedes aegypti, a Frente Parlamentar de combate ao vetor se reuniu, na quarta-feira (16), na Assembleia Legislativa do Ceará, para apresentar relatório preliminar com os dados do estado referentes aos casos de doenças provocadas pelo mosquito. Na ocasião, o deputado Carlos Matos (PSDB) propôs algumas mudanças no trabalho de combate.
Durante a reunião também ficou definido para janeiro de 2017 a realização da Expozika, uma exposição do Ministério da Saúde de cunho educacional com material didático sobre o mosquito.
Sobre as ações de combate, Carlos Matos indicou o aumento de seis para dez no número mínimo de visitas aos domicílios por ano. “O mosquito pode gerar até 100 arbovírus, então o que nos espera não é bom”, comentou o parlamentar que também defendeu que é preciso reforçar o trabalho de inspeção dos agentes de endemias nas caixas d’água. “O problema é de gestão e política pública, nem de recurso é, porque custa muito barato um programa de enfrentamento. Mas é preciso engajamento dos agentes, um trabalho mais integrado e mais bem coordenado”, ressaltou.
Segundo Márcio Garcia, coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, é preciso trabalhar envolvendo a população, já que grande parte dos focos do mosquito Aedes aegypti se encontra dentro das residências. “A população tem que fazer sua parte eliminando qualquer criadouro, os municípios também precisam fazer a parte deles, garantindo o número de agentes de controle de endemias”, declarou.
Ainda de acordo com o coordenador da Sesa, também é necessário o envolvimento de outras secretarias, como a Secretaria de Educação. “É importante trabalhar com as crianças e os adolescentes, porque são eles que vão chegar em casa e cobrar dos pais que o trabalho seja feito”.
No próximo dia 29 de novembro haverá um novo encontro para apresentar o relatório final. Entre as propostas está a intensificação do Sistema Integrado de Combate ao Aedes aegypti (Sicae), além da criação de um grupo permanente de acompanhamento dos trabalhos, após a conclusão da Frente.
O Ceará registrou este ano cerca de 35 mil casos confirmados de dengue e 25 mortes pela doença. Com relação à chikungunya, são cerca de 27 mil casos confirmados desde o início do ano e 14 mortes. Já os casos de microcefalia, provocados pelo zika vírus, chegaram a 94.
Dados tristes, mas que precisam ser divulgados para que as pessoas não esqueçam que a luta contra o Aedes Aegypti é de todos!
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