Entidades defendem vaquejada e dizem que esporte não causa danos a animais

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A vaquejada, considerada prática esportiva dos vaqueiros nordestinos, vem sendo tema de debates e dividindo opiniões desde que o Supremo Tribunal Federal proibiu a competição no Ceará. Só no estado são mais de 700 provas por ano. Entre apoiadores e críticos, quem defende a prática diz que ela faz parte da cultura e da economia da região. Já quem é contra diz se tratar de uma a prática cruel para os animais.

Baseado-se nisso, durante audiência pública realizada na manhã da quarta-feira (30/11), na Assembleia Legislativa do Ceará, representantes de entidades ligadas ao assunto defenderam que a vaquejada é um esporte que não causa danos aos animais. 

Na ocasião, o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Ceará (CRMV/CE), Célio Garcia, explicou que a participação do órgão nas vaquejadas consiste em fiscalizar o trabalho de médicos veterinários e zootecnistas, acompanhando suas ações na preservação e bem-estar dos animais envolvidos.

Ele informou que “após algumas divergências com o Conselho Federal de Medicina Veterinária, que se posicionou publicamente de forma contrária à realização das vaquejadas, o Conselho Regional do Estado assumiu a posição de ser favorável à legalização da vaquejada. “Entendemos que a proibição da vaquejada elevaria as possibilidades de maus-tratos aos animais, porque abriria uma brecha para a realização de vaquejadas clandestinas”, afirmou.

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Já a promotora de justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Proteção à Ecologia, Meio Ambiente, Urbanismo, Paisagismo e Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Caomace), Jaqueline Faustino, observou que existem dois lados da questão. Segundo ela, alguns profissionais da saúde dos animais defendem que não existem maus-tratos na vaquejada, enquanto outros apontam que a prática é maléfica aos animais. “Existe um conflito social e jurídico entre o esporte e os maus-tratos”, explicou.

Com a decisão do Supremo “contra vaquejada no Ceará” a prática passou a ser ilegal. A decisão abriu caminho para que a atividade também chegue ao fim no restante do País. Ou seja, qualquer vaquejada passou a ser crime ambiental, e o aparato policial deve reprimir essa conduta, inclusive com prisões em flagrante.

Enquanto aguardamos o desfecho dessa situação, o Pátio Hype quer saber: Você é contra ou a favor da proibição da vaquejada?

Fotos: Reprodução. 

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