O crescimento contínuo da população resulta no aumento de serviços de atendimento social, que causam problemas na qualidade do ar. E como é de conhecimento de todos, a emissões de poluentes na atmosfera geram problemas em diferentes escalas na Terra. Problemas que afetam desde a qualidade do ar local, com as altas concentrações de monóxido de carbono provenientes do tráfego de veículos, até a qualidade global, com o aquecimento do planeta e todos os fenômenos meteorológicos resultantes. Por isso, é fundamental que haja um acompanhamento periódico da emissão de particulados no ar e da dispersão de poluentes.
No Ceará, a primeira estação de monitoramento da qualidade do ar foi inaugurada pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), na manhã da quinta-feira (15), na Estação Ecológica do Pecém. A estação comporta sensores de controle do ar e meteorológicos com tecnologias de ponta da Itália e Austrália, respectivamente. Com aporte de compensação ambiental no valor de R$2,1 milhões, a instalação do equipamento foi baseada em estudos que analisaram aspectos estratégicos de segurança e localização.
De acordo com o secretário estadual do Meio Ambiente, Artur Bruno, a estação de monitoramento da qualidade do ar “trata-se de um benefício relevante para o Estado. Antes da estação, a Semace recebia os resultados de automonitoramento elaborados pelas empresas sem poder contestar, agora já é possível. É o monitoramento do monitoramento”.
Conforme explicou o diretor de licenciamento da superintendência, Lincoln Davi, o sistema permite informar através do site, em tempo real, aspectos como os níveis de gases analisados e os parâmetros meteorológicos. “Funciona com sensores de alta tecnologia e garante o monitoramento num raio entre 5 km e 10km”, informou o gestor da Semace.
O equipamento de monitoramento da qualidade do ar contará com apoio de um grupo de trabalho da Semace específico para o monitoramento e fiscalização, que receberão treinamento para compreender os dados. Segundo Ricardo Araújo, os dados da estação ajudarão também pesquisadores em trabalhos acadêmicos e a experiência facilitará novas prospecções da autarquia em relação à aquisições para regiões que apresentem grande concentração de poluição atmosférica.
Ótimo trabalho do Governo do Estado, fortalecer o monitoramento e a fiscalização dos níveis poluentes gerados, você não acha?
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