24 ações para convivência com a estiagem são apontadas pela Comissão do Rio São Francisco

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Após sete meses de intensos debates, visitas a trechos das obras da transposição do Rio São Francisco no Ceará e em Pernambuco, dez reuniões técnicas com representantes do Poder Público, federações, instituições e especialistas, a Comissão Especial para Acompanhar e Monitorar as Obras de Transposição apresentou, na terça-feira (20), o relatório preliminar contendo 24 ações para minimizar o problema da estiagem no estado do Ceará.

De acordo com o presidente da Comissão, deputado Carlos Matos (PSDB), entre as medidas propostas estão: a redução do desperdício de água do sistema da Companhia de Água e Esgoto (Cagece) de 42% para 30% e o corte de fornecimento da água do Castanhão em Fortaleza  para as indústrias  do Pecém e de Maracanaú.

Além de quintuplicar o número de poços profundos na Região Metropolitana de Fortaleza e da perfuração de mais seis mil poços profundos no Interior pela Superintendência de Obras Hidráulicas (Sohidra), outras medidas apontadas pela Comissão do Rio São Francisco contemplam criar um programa de incentivo de instalação de poços na produção rural, utilizar água de reuso, assegurar 30% da repatriação de recursos e 10% do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop) em obras hídricas e acelerar as obras da transposição, que só deverão ser concluídas em novembro do próximo ano.

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O documento sugere ainda  cobrar do Governo Federal a perfuração de 2.500 poços, reduzir o consumo de Fortaleza em 20% (1m³/s), através de bônus de incentivo, compra de adutoras rápidas para o Interior e instalação de placas solares para fornecimento de energia nos poços.

Com a definição das medidas propostas pela Comissão para acompanhar as obras da transposição do Rio São Francisco, a torcida agora é para que elas sejam logo colocadas em prática e que os transtornos causados por essa terrível crise hídrica sejam amenizados. Vale ressaltar também que essa luta é de todos, portanto, não desperdice água.

Fotos: Reprodução. 

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