Carla Bruni, Solange Couto e recentemente Carolina Ferraz, essas são algumas das celebridades que aumentaram – ou começaram – a família após os 40 anos. Isso talvez se dê ao fato de que (assim como muitas outras mulheres) diante do desejo de ser mãe elas possam ter colocado à estabilidade econômica, emocional, familiar e laboral na frente.
O fato é que a idade em que as mulheres decidem ter o seu primeiro filho está aumentando a cada ano. A prova disso é que dados inéditos do Ministério da Saúde mostram que o número de mulheres que foram mães após os 40 anos subiu 49,5% em 20 anos, passando de 51.603 em 1995 para 77.138 em 2015.
As estatísticas de 2015 mostram que 72.290 dessas mamães tinham entre 40 e 44 anos e outras 4.475 estavam na faixa etária dos 45 aos 49. Houve ainda 373 brasileiras que se aventuraram na maternidade após os 50 – entre elas, 21 já eram sexagenárias quando deram à luz.
Entretanto, embora a gravidez natural e saudável seja possível após os 40 anos, a dificuldade para engravidar e os riscos para a mãe e o bebê são reais. Segundo especialistas, conforme aumenta a idade da mulher, crescem os riscos de doenças na gravidez e de anomalias congênitas ao bebê.
→ 35, 40… até quando esperar para ser mãe?
Os indicadores da pesquisa do Ministério da Saúde evidenciam que adiar a maternidade se consolida como um comportamento cada vez mais comum. No entanto, bem menos frequente é a prática de planejar a vinda do bebê com a mesma atenção dada às outras prioridades.
Conseguir engravidar será a primeira dificuldade. As chances diminuem ano a ano, pois decai a qualidade dos óvulos. Por exemplo, um casal de até 30 anos tem, a cada ciclo, uma probabilidade de gravidez de 50%. Entre 30 e 35 anos, 30%. Acima dos 35 anos, esse índice diminui de maneira ainda mais expressiva. Aos 40 anos, a chance é menor que 1%. Por isso, quem pretende ter filho mais tarde precisa planejar bem antes.
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