Brasil adota indicativo de filmes aprovados no teste de Bechdel-Wallace. Você sabe o que é isso?

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Semana passada, foi realizado em São Paulo o o Seminário Internacional Mulheres em Foco no Audiovisual. Lá, uma importante novidade foi amplamente divulgada: a partir de agora, o Brasil é o primeiro país da América Latina a adotar o selo A-Rate. Este selo indica que aquela produção cinematográfica passou no chamado teste de Bechdel-Wallace.

Desde então, a comunidade cinematográfica feminina brasileira está em polvorosa – e não é para menos. Mas vem cá: você sabe exatamente do que se trata exatamente este teste de Bechdel-Wallace e o que significa dizer que um filme passou nele?

O teste de Bechdel-Wallace recebe este nome em homenagem à cartunista americana Alison Bechdel, que nos anos 1980, fez um quadrinho com uma listinha de exigências para que a personagem fosse ao cinema para ver um filme; e à sua amiga Liz Wallace, responsável pelo conceito. O quadrinho está em inglês, mas você pode vê-lo abaixo:

Vale lembrar, antes de qualquer coisa, que o teste não indica, de forma alguma, que filme A ou B seja bom ou ruim, isso vai depender do telespectador. Ele indica “apenas” o papel da mulher dentro da produção. Basicamente, o teste de Bechdel-Wallace consiste em três exigências bem básicas para que um filme passe nele:

Pois é, parece simples, não? Agora, de cabeça e sem pensar muito, você consegue dizer quantos títulos que cumprem exatamente essas três exigências? Não é tão fácil assim, não é mesmo? Pois bem, graças à sueca Ellen Tejle, foi desenvolvido o selo A-Rate exatamente para classificar os filmes que passam pelo teste. Assim como os cartazes dos longas trazem indicações de gênero, duração, censura e outras informações, Tejle lutou para que trouxesse também uma indicação de que ele passou no teste. E conseguiu!

E o melhor: agora, o Brasil também vai informar se os filmes recebem ou não o A-Rate. De acordo com o site Mulher no Cinema, a iniciativa conta com o apoio das salas Caixa Belas Artes, Espaço Itaú de Cinema e Reserva Cultural, bem como das distribuidoras Ello Company, Fênix, Imovision, Pandora e Vitrine. Além disso, as integrantes do coletivo Elviras, que reúne profissionais da crítica, também se comprometeram a utilizar o selo em suas resenhas, para assim, divulgar mais e mais a informação.

Fotos: Reprodução

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