A Copa do Mundo de Futebol de 2014 no Brasil realmente tem tudo para ser diferente. Uma das determinações, que estão no Projeto de Lei da Copa do Mundo de 2014 (Lei 2.330/2011) , de relatoria do deputado federal Vicente Cândido (PT/SP), é a de destinar, 30% a 40% dos ingressos, com preços “populares”, numa espécie de sistema de cotas que iria beneficiar pessoas com deficiência, de baixa renda, indígenas, estudantes e idosos. Serão em torno de 300 a 400 mil ingressos, vendidos no valor de, US$ 25 a US$ 35 cada.
O pedido já havia sido feito em novembro, pelo Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, ao secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, no primeiro encontro que eles tiveram em Brasília. Rebelo falou a Valcke que, “há parcelas da população, como a faixa mais pobre, que numa festa como a da Copa deveria ter uma condição mais favorável para o acesso aos ingressos. Falei também para o secretário-geral sobre as populações indígenas. Teremos jogos na Amazônia e elas não têm como ter acesso”.
Desta forma, os bilhetes destinados às cotas, serão vendidos nas sedes e locais da Copa, e não pela internet como acontece com os demais. Caso a procura de ingressos seja maior que a demanda destinada, os ingressos serão sorteados entre os que estão incluídos nas cotas. Apesar de a Entidade não gostar da ideia de destinar ingressos principalmente a estudantes, “a Fifa não gosta dessa meia-entrada”, afirma Jérôme, complementando que é dificil a operacionalização, o Ministro é incisivo, “é um problema dele (Valcke). Apresentei uma demanda, ele que apresente uma solução”.
O Projeto, ainda prevê a determinação de que 25 mil ingressos sejam trocados por armas, uma ação do programa Brasil Contra as Armas. Em duas semanas o projeto deverá ser votado no plenário da Câmara dos Deputados. Os bilhetes começarão a ser vendidos assim que a presidente Dilma Rousseff sancionar a lei, e ela for publicada no Diário Oficial da União.
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