Com giz, tijolos brancos, pedaços de carvão, folhas maceradas e cacos de telha Francisco Domingo da Silva, Chico da Silva, pintava – nos muros do Pirambu e bairros circunvizinhos – dragões, peixes, cobras e outros elementos da fauna amazônica criados por sua imaginação. Filho de uma cearense com um peruano, nascido no Alto Tejo, no Acre, o artista veio para Fortaleza aos 10 anos e se consagrou no mundo das artes plásticas.
Em sua casa e ateliê na década de 60, no Pirambu, juntaram-se à Chico da Silva adolescentes que se tornaram ajudantes do artista durante um período de 10 anos, dando início a chamada “Escola Chico da Silva”. Ainda na década de 60, o pintor expôs em importantes galerias do Brasil e em salas e museus da Europa, dentre os quais o Etnográfico de Nauchatel e o de Lausanne, além do Salão Bauregard, em Genebra, e no Palácio da Foz, em Lisboa.
Em 1966, recebeu Prêmio Especial na XXXIII Bienal de Veneza (Menção Honrosa), que consagrou internacionalmente o artista e sua obra. Faleceu em 1985 e é considerado, hoje, um dos maiores pintores primitivistas e grande nome da Artes Plásticas do País.
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