Depois de assembleia geral realizada na noite de ontem (15), pelo Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Ceará (Sinpoce), e após dois meses de paralisação, os profissionais da categoria decidiram por retomar as atividades. Desta forma, os policias cumprem a ordem da desembargadora, Sérgia Maria Mendonça, do Tribunal de Justiça do Estado. “A categoria decidiu acatar a decisão da desembargadora. Ela achou por bem o fim, e decidimos cumprir a determinação. Iríamos discutir a operação ‘Cumpra-se a Lei’ durante a assembleia (desta quinta-feira), mas concordamos em terminar a greve”, relatou Inês Romero, presidente do Sinpoci.
Os policiais civis tinham paralisado as atividades, com o intuito de reivindicar a contratação de novos policiais aprovados em concurso público, o pagamento de 60% do salário para os outros agentes e que os profissionais que não tem curso superior, não fossem impedidos de receber promoção na carreira. A presidente do sindicato afirma, que nenhuma das reivindicações feitas foi atendida. Ela ressalta, que mesmo com o fim do movimento grevista , os policiais vão continuar lutando por melhores condições de trabalho.
A greve que começou no dia 2 de julho, foi decretada ilegal pela 6ª Vara da Justiça, no dia 5, do mesmo mês. Já em agosto, o Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou a decisão judicial que determinava a greve como ilegal, por entender que o juiz que determinou o fim da paralisação, não tinha competência para julgar a greve dos policias civis.
Agora, retornando às atividades, os policiais civis vão iniciar a operação “Cumpra-se a Lei”. “A operação (Cumpra-se a Lei) faz parte de uma série de medidas que agora os policiais civis terão que tomar. Era frequente as vezes que atendíamos uma ocorrência sem colete, sem a documentação do carro, sem algemas, e isso não pode mais acontecer. Vamos continuar lutando pelas melhorias”, explica Inês Romero.
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