Nos últimos cinco anos, vem surgindo um novo cenário na fotografia cearense composta principalmente pela juventude que se empodera da arte fotográfica para contar suas próprias narrativas. A partir disso, nascem os coletivos de fotógrafos periféricos, grupos de jovens moradores de diferentes periferias da cidade de Fortaleza que têm a maior parte de suas produções centradas em temáticas cotidianas dos espaços onde vivem/ocupam. Inspirando-se nesse contexto, nesta edição o Golpe de Vista discute o tema “Fotografia marginal e periférica”, com o Coletivo Zóio, Coletivo Motim e Karine Araújo, sob curadoria do fotógrafo Gustavo Costa. O evento acontece na próxima terça-feira, dia 13 de dezembro de 2017, às 19h, no Auditório do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.
Os trabalhos perpassam pela fotografia documental, social, jornalística e pela fotografia de rua, onde são mostrados os cotidianos, os sujeitos, as vivências periféricas e suas expressividades culturais. Nesse sentido, a fotografia não é utilizada apenas como mera forma de expressão, mas como forma de ativismo político e de ressignificação das realidades já que as periferias, de uma forma geral, são territórios historicamente criminalizados e vistos apenas na ótica das mazelas sociais.
Estes fotógrafos(as) se autointitulam marginais e periféricos. Tanto pelo teor de suas produções quanto pela posição que ocupam na sociedade. Fotografam para (re)existir, trazendo também para o centro de seus projetos a autoafirmação identitária, o questionamento às invisibilidades e desigualdades sociais que também reverberam no próprios circuitos onde a Arte circula e é produzida.
Serviço:
Golpe de Vista discute o tema “Fotografia marginal e periférica”, com o Coletivo Zóio, Coletivo Motim e Karine Araújo
Próxima terça-feira, dia 13 de dezembro de 2017, às 19h, no Auditório no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
Acesso gratuito. Classificação etária: Livre.
Fotos: Reprodução