Morte de Kim Jong-il repercute no mundo

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A morte do ditador da Coreia da Norte causa apreensão e expectativa em todo o mundo. A televisão estatal norte-coreana indicou que Kim Jong-il, morreu no sábado (17), vitima de uma ataque cardiaco, aos 69 anos, “após governar a Coreia do Norte com mão de ferro durante 17 anos”, mas sua morte só foi divulgada ontem (19). O filho mais novo do ditador, Kim Jong-un, sucessor designado por ele, até 2010 era um “desconhecido” quando foi anunciado pelo pai para sucedê-lo na dinastia da Coreia do Norte. Kim Jong-un esteve nesta terça-feira (20), prestando um tributo ao pai junto com autoridades, em Pyongyang.

Repercussão no mundo
As imagens de civis e militares chorando à morte do ditador, correram o mundo. Talvez uma forma de mostrar que o regime que vive a Coreia do Norte não desagrada o povo, ao contrário do que afirmam os governos de muitos países, como os EUA, por exemplo.

China
Nesta terça-feira (20), o governo da China manifestou seu total apoio a Kim Jong-un, reconhecendo o terceiro filho de Kim Jong-il, como soberano da Coreia do Norte. A China é aliada dos norte-coreanos, e reafirma seu apoio no momento de transição que eles estão vivendo. “Acreditamos que sob a liderança de Kim Jong-un serão promovidos esforços para construir um forte país socialista e alcançar a paz na Península Coreana”, disse o o porta-voz do Ministério da Relações Exteriores chinês, Liu Weimin.

ONU
Em assembleia geral nesta segunda-feira (19), os 193 países que compõem a Organização das Nações Unidas (ONU), aprovaram por 123 votos a 16, e 51 abstenções, um voto de condenação aos direitos humanos na Coreia do Norte. A assembleia geral mostra uma preocupação constante com a violação dos direitos humanos no território norte-coreano. Antes da votação, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que é sul-coreano,  por meio de seu porta-voz, informou que a ONU “continuará ajudando o povo da Coreia do Norte” após a morte de Kim Jong-Il.

Coreia do Sul / EUA
Mesmo colocando seu exército em alerta, depois de suspeitas de ataques, a Coreia do Sul, ofereceu condolências ao povo norte-coreano. “Esperamos que a Coreia do Norte recupere sua estabilidade em breve e que o Sul e o Norte possam trabalhar juntos pela paz e a prosperidade na península coreana”, afirma um comunicado do governo lido pelo ministro da Unificação, Yu Woo-ik.

Os Estados Unidos, temerosos com a situação e na expectativa de que o novo líder da Coreia do Norte, dê passos significativos rumo à paz,  pediu nesta segunda-feira (19), que eles cumpram os acordos na área nuclear. Os estadunidenses querem uma melhor relação e se preocupam com o bem-estar do povo da Coreia do Norte, disse a secretária de Estado americana, Hillary Clinton.

Agora é esperar depois do longo velório o desenrolar desta história. Que seja positivo para a paz mundial.

Fotos: Reprodução

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