O ano é 2018 e feminismo é uma palavra que gera muita polêmica, seja nas redes sociais, nas rodas de conversa ou mesmo nas universidades. Há quem o defenda e quem ache besteira. Mas para estas três mulheres representantes da nova geração do feminismo, esse movimento é tudo. Afinal, vamos combinar: ainda há muito o que conquistar em relação à igualdade social entre homens e mulheres, não é mesmo?
E ainda há quem confunda feminismo com femismo. Enquanto o feminismo prega a igualdade entre homens e mulheres, o femismo é o oposto de machismo, ou seja, a crença na superioridade feminina. E daí, lá vem confusão.
Então, para disseminar o feminismo, os ideias de defesa dos direitos das mulheres e esclarecer mais sobre o assunto, listamos aqui três mulheres empoderadas, que fazem parte dessa nova geração de feministas que usam todo o poder da internet e das redes sociais para fazer a diferença.
Muito Prazer: Jout Jout
Ela se chama Julia, mas todo mundo a conhece como Jout Jout. Dona do canal Jout Jout Muito Prazer, atualmente com mais de um milhão e meio de inscritos, ela sabe usar como ninguém o Youtube como forma de militância. Em seus vídeos, ela explica conceitos feministas, ajuda várias mulheres a entender o que é um relacionamento abusivo, a diferenciar feminismo de femismo e mesmo a enxergar pequenos machismos cotidianos já normatizados por muita gente. E, claro, tudo de um jeito para lá de divertido!!! Não tem como não se apaixonar pelo conteúdo do canal da jout Jout – e nem por ela mesma! <3
Think Olga
Um dos mais famosos e importantes sotes feministas da atualidade é o Think Olga. E um dos nomes por trás dele é o da jornalista Juliana de Faria, que junto com outras mulheres, também usa a internet como ferramenta para a nova geração do feminismo. O portal – que em breve deverá se tornar uma ONG – além de trazer diversas informações sobre o feminismo, relacionamentos abusivos, Lei Maria da Penha e afins, também elabora campanhas colaborativas. Através delas, mulheres podem compartilhar histórias, trocar apoio, dar e procurar ajuda. Algumas das campanhas mais famosas do Think Olga foram a #ChegaDeFiuFiu e a #MeuPrimeiroAssédio
O poder de Stephanie Ribeiro
Ela é negra e feminista. Uma combinação explosiva em termos de Brasil, um país extremamente machista e racista. Mas isso não amedrontou Stephanie. Ela entrou no curso de Arquitetura, na PUC-Campinas, por meio da cotas, e não demorou para que o preconceito desse de frente com ela. Stephanie foi excluída de grupos, teve seu armário pichado várias vezes, sofreu com o incômodo dos outros. Tudo por ela ser mulher e negra em um curso considerado essencialmente masculino e branco, como Arquitetura. Foi então através do Facebook que ela começou a se articular e militar em favor do feminismo. Primeiro, ela lutou contra a mídia machista. E com o tempo, seu discurso foi ganhando cada vez mais público.
E achar que ainda tem gente que acha que não precisamos de feminismo. Até mesmo mulheres… Aliás, se uma mulher pode, hoje em dia, reclamar nas redes sociais – ou em qualquer outro espaço – livremente, dizendo que não precisamos de feminismo, vale ressaltar que é porque alguma feminista protestou e sofreu para que ela tivesse esse direito… Não é?
Fotos e vídeos: Reprodução