“Quebrando o Tabu” – Uma discussão sobre o uso dos entorpecentes.

Cultura

O  documentário “Quebrando o Tabu”, dirigido por Fernando Grostein Andrade, mostra como o mundo perdeu a guerra contra as drogas, como os Estados Unifos teve as experiências de tolerância fracassadas e o lado mais triste e lamentável, o tratamento marginalizado dado aos usuáriso, que no em vez de serem vistos como doentes, são enxergados como bandidos. A obra traz a necessidade de debater o tema sobre o prisma social e admitir a crise causada pela dependência química.

O  jovem cineasta brasileiro, que ficou conhecido por meio da produção do longa  “Coração Vagabundo”, sobre a vida do cantor Caetano Veloso, é irmão do apresentador Luciano Huck e que já fez clipes para celebridades como Sandy.
O  longa inicia um diálogo social sobre o uso das drogas e sobre a descriminalização do usuário da maconha. Além do tema polêmico, o filme já causa muita discussão pela presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, para estabelecer uma linha de credibilidade ao que é falado na obra. Depoimentos dos ex-presidentes dos Estados Unidos, Bill Clinton e Jimmy Cartes, do oncologista Drauzio Varella e dos famosos Gael Garcia Bernal e Paulo Coelho também fazem parte do “Quebrando Tabu”.

O filme não é uma obra panfletária ou de apologia ao consumo de drogas, como a maconha, e sim um trabalho embasado em pesquisas e que mostra os dois lados de experiências envolvendo a maconha, uma versão positiva e uma negativa. O
universo de tratamento dos dependentes químicos também ganha espaço especial no longa de Fernando Grostein Andrade. Os cafés holandeses que vendem legalmente a droga – mas compram, paradoxalmente, de formal ilegal a traficantes – e o projeto português
que penaliza dos consumidores e os leva a um comitê para que o caso seja analisado e , só então, ocorre uma indicação de melhor tratamento para a desintoxicação, pago pelo governo. São duas realidades opostas evidenciadas no longa.

FHC com personalidades no lançamento do documentário.

Sem uma conclusão final, o filme deixa espaço para a discussão necessária sobre um assunto que faz parte da realidade de pessoas do mundo todo e, muitas vezes, uma realidade abafada. Mesmo com temática forte e polêmica, a obra consegue ser leve e eficaz. O filme chegou aos cinemas 13 dias após a repressão dos manifestantes pelos policiais militares na Marcha da Maconha.  A obra apresenta o panorama de consumo de entorpecentes no Brasil e traça um paralelo com outros países.

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