Os itens essenciais para a mesa de boa parte dos brasileiros estão contidos na cesta básica. O problema, é que ela teve reajuste acima de 10% ao longo do ano passado, em três das 17 capitais onde é feita a Pesquisa Nacional da Cesta Básica pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Vitória, Belo Horizonte e Florianópolis registraram a maior alta. Em Fortaleza, uma das 12 capitais que registrou aumentos mais expressivos, a cesta básica ficou 4,25% mais cara em 2011.
Com reajustes tão altos, o Dieese ainda calculou, tomando como base o mês de dezembro, quanto os brasileiros teriam que ganhar em média para ter suas necessidades básicas supridas: 4,27 vezes o salário mínimo em vigor R$ 545, ou seja, uma renda de R$ 2.329,35. Um salário mínimo com esse valor chega a ser mais que utópico para os brasileiros, que veem todos os anos a luta das centrais sindicais e outros órgãos por um aumento mais significativo no salário dos trabalhadores.
Alguns problemas naturais, como a estiagem em alguns estados, fez alguns itens específicos da cesta básica ficarem mais caros, o que implicou num aumento geral do conjunto. Exemplo disso aconteceu com o café e óleo de soja. Outros dois fatores que foram a quebra da safra no Vietnã e o aumento do consumo nos países asiáticos, ajudaram a pressionar o mercado internacional, e influenciar os preços dos produtos no mercado brasileiro. Em contra partida, caiu o preço do arroz e do feijão. Agora é fazer “mágica” para que tudo possa caber no orçamento mensal, sem deixar nada de lado, pois a tendência é que nos próximos meses a cesta básica continue mais cara.
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