O que vem à sua mente quando escuta que uma mulher é stripper? Que a coitadinha não teve como se sustentar e estava precisando de dinheiro desesperadamente a ponto de aceitar qualquer trabalho? Pois bem, saiba que você é apenas mais uma pessoa a pensar nas strippers dessa forma estereotipada. E quem fala sobre isso é Jacq, uma stripper que também é ilustradora, quadrinista e comediante de stand-up comedy.
Com humor e uma dose gigantesca de ironia, Jacq fala sobre questões como esse estereotipamento das chamadas dançarinas eróticas, discutir consenso, feminismo e outros assuntos. O sucesso é tanto que ele já ultrapassa a marca dos cento e trinta mil seguidores em sua conta no Instagram.
Em entrevista à revista Cosmopolitan, a stripper conta que, ao contrário do que muita gente pensa, ela não entrou no ramo por pura necessidade financeira. Jacq começou a trabalhar como stripper na Austrália, e hoje vive em Nova York. Paralelamente a isso, ela também trabalha como comediante e também já teve quatro livros publicados. Ou seja, de fato dinheiro não é o motivo para ela dançar!
Porém, segundo a própria Jacq, o que mais incomoda ela nesta profissão são os homens que acham que podem passar dos limites pelo fato delas trabalharem tirando a roupa. “Somos pessoas fazendo um trabalho. É frustrante e parte o coração ser tão desrespeitada pelo público em geral apenas por fazer um trabalho”.
Questões como consentimento também são discutidas por Jacq. No quadrinho abaixo, a personagem fala “Toque em mim novamente e eu vou quebrar tanto seus dedos que você nunca mais vai conseguir se masturbar”. Logo abaixo, há a frase: “Consentimento! É muito mais sexy do que uma ida ao pronto socorro”.
Incrível o trabalho dela, não?
Fotos: Reprodução